Bancários paralisaram as atividades da Superintendência do BB na Paraíba

SuperPB Ato 20032014 DSC 9248

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Nesta quinta-feira, 20 de março, os bancários paralisaram as atividades do Banco do Brasil na Superintendência Estadual da Paraíba, até às 11h. A paralisação parcial foi coordenada pela diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região, em protesto contra a pressão, a falta de funcionários e a prática de assédio moral que se tornou corriqueira no maior banco público do País.

Segundo Marcos Henriques, presidente do SEEB – PB, mesmo obtendo esse lucro recorde, houve uma redução de quase 2.000 funcionários no Banco do Brasil em 2013. “Nas agências, a falta de funcionários provoca o aumento do tempo de atendimento e resulta na formação de longas filas. Mesmo assim, a diretoria do BB não contrata os aprovados no concurso vigente, mesmo existindo 6.000 vagas em todo o País, o que é um absurdo”, denunciou.

Para Francisco de Assis Chaves, a falta de funcionários é o maior problema hoje no BB. “Enquanto clientes e usuários sofrem com as filas quilométricas, a Superintendência Estadual da Paraíba alega que há excesso de funcionários, o que é uma contradição; pois no interior do Estado existem agências com dotação de sete bancários que chegam a funcionar com apenas quatro funcionários”, ressaltou o dirigente sindical.

O sindicalista, que é funcionário do Banco, foi mais além nas suas críticas. “A Paraíba foi o segundo lugar nacional em atingimento de metas por agência, perdendo apenas para Rondônia, que tem uma condição socioeconômica atípica, com apenas 25 agências, o que é um disparate. A política mercantilista adotada pelo BB levou-o ao maior lucro da história do sistema financeiro do País até hoje. Entretanto, continua desrespeitando os seus funcionários e os clientes. Dessa forma, o slogan do BB bem que poderia ser “BOMPRATOLOS”, desabafou ‘Chicão’.

O secretário geral do Sindicato, Marcelo Alves, chamou a atenção para o fato de que a diretoria do Banco do Brasil, na busca desenfreada por lucros cada vez maior, com o quadro funcional defasado, permite certos absurdos em vez de criar condições satisfatórias de trabalho.

“Para atingir as metas abusivas e levar o banco a sucessivos recordes, vale tudo: ameaças de remoção para agências do interior; impedimento de ascensão funcional; cobranças ostensivas, via mensagem eletrônica e torpedos; prática de assédio moral através de instrumentos comparativos de obtenção de resultados, que é uma falta de ética na comparação ou ranqueamento”, enfatizou Marcelo.

Ao encerrar a atividade coordenada pelo Sindicato, o presidente da Entidade falou sobre as inúmeras reuniões com a Superintendência do BB, por conta dos problemas enfrentados pelos bancários.

“Foram muitas as reuniões que, infelizmente, não resultaram em soluções efetivas. Daí a revolta dos bancários, que ficam ao Deus-dará, refém dos superiores hierárquicos e da ira dos clientes, que não recebem o atendimento que merecem. Os protestos vão continuar até que o Banco ofereça condições dignas de trabalho aos funcionários e um atendimento decente e respeitoso à sociedade, como deve ser a conduta de um Banco Público, servindo de exemplo positivo para todos os segmentos da sociedade”, concluiu Marcos Henriques.

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