O Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou na noite desta terça-feira (28), no auditório da Entidade, o lançamento da “CARTILHA DA REFORMA TRABALHISTA – COMO FICA A CLT APÓS A REFORMA”, com a participação do Advogado Trabalhista Marcelo Assunção. Bancárias, bancários, dirigentes da CUT Paraíba, o deputado estadual Anísio Maia (PT-PB) e o Vereador Marcos Henriques (PT-PB) participaram do lançamento.
Na abertura do evento, o presidente do Sindicato, Marcelo Alves, saudou os presentes, falou sobre os malefícios da ‘deforma’ trabalhista e ressaltou o acerto da categoria bancária em fechar um acordo de dois anos na campanha do ano passado.
“Estamos numa luta desproporcional contra o neoliberalismo, que chegou com força total para retirar direitos e submeter os trabalhadores praticamente ao trabalho escravo e temos que nos contrapor a esse retrocesso histórico. Até o dia 31 de agosto de 2018 temos assegurados os direitos conquistados até então. Entretanto, a ‘deforma’ trabalhista excluiu a ultratividade, que permitia a prorrogação de todos os direitos até o fechamento de uma negociação com patronato. Portanto, a partir do dia 1º de setembro do ano vindouro teremos que negociar os 71 pontos do nosso acordo coletivo. Para isso, precisamos estar coesos, mobilizados e dispostos ao enfrentamento, se não quisermos abrir mão dos nossos direitos conquistados com muita luta”, arrematou.
Para Marcelo Assunção, as mudanças provocadas na legislação trabalhista visam exclusivamente beneficiar o empresariado em detrimento do trabalhador. “Essa Lei Trabalhista é a mais perversa da história e condena o trabalhador a uma série de prejuízos; entre eles, a extrema dificuldade do acesso à Justiça, o trabalho intermitente e as jornadas extenuantes de até doze horas diárias. Ao contrário da propaganda do governo, essa reforma não elevará o índice de empregos; muito pelo contrário, a classe trabalhadora terá de trabalhar mais e ganhar menos”, explicou.