O Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou, no auditório da Entidade, um debate sobre a situação da Cassi – Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil e a proposta do Banco, com a participação do Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do BB (Caref), Fabiano Félix.

O evento, que teve transmissão em tempo real via Facebook, foi mediado por Marcelo Alves (presidente do Seeb-PB), que compôs a mesa com Lindonjhonson Almeida (presidente da Fetrafi-NE), com os funcionários do BB Magali Pontes (Seeb-PB) e Paulo César de França (conselheiro fiscal da Previ) e  Fabiano Félix (palestrante).

Fabiano fez um breve relato dos ataques à Cassi, desde o governo FHC, quando o funcionalismo do BB amargou oito anos sem reajuste salarial, que repercutiu negativamente nas receitas da Caixa de Assistência, até os dias atuais, quando o Banco do Brasil e, consequentemente, os funcionários, a caixa de assistência, a caixa de previdência e suas entidades representativas sofrem ataques de toda ordem. E tudo em nome do enfraquecimento das instituições com o objetivo de privatizá-las, abrindo o mercado para a iniciativa privada; ou seja, para os bancos, principais apoiadores do golpe que levou Michel Temer ao Palácio do Planalto.

O Banco do Brasil apresentou uma proposta na mesa de negociação em março e outra em maio, pela Intranet. De maneira autoritária, aumenta a contribuição dos associados de 3% para 4% e mantém a contribuição patronal em 4,5%, penalizando somente os associados.

A proposta quebra o princípio da solidariedade ao instituir a cobrança por dependente. Penaliza, sobretudo, os salários e aposentadorias menores, ao deixar de considerar o pagamento como percentual de remuneração. As contribuições por dependente dos ativos são menores que as dos aposentados, quebrando o princípio básico de solidariedade que estabelece critério uniforme de cobrança para todos os associados.

O custeio e a governança da Cassi são de responsabilidade estatutária de quem paga a conta, ou seja, do banco e dos associados; qualquer mudança depende de negociação entre as duas partes para depois levar à aprovação do Corpo Social.

“O BB resolveu atropelar este processo. Quer impor aos diretores e conselheiros da Cassi uma decisão que não cabe a eles. Ao mesmo tempo, assedia os funcionários para apoiarem uma proposta que corta direitos, aumenta contribuições dos associados e reduz as do banco, implanta voto de minerva a favor do BB e entrega duas diretorias ao mercado, reduzindo a participação dos associados a um terço, além de afastar os Sindicatos da negociação. Agradecemos o convite da diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba e aproveitamos o ensejo para convocar todos os associados para, juntos, fortalecermos essa luta em defesa da nossa saúde e da saúde da nossa Cassi”, arrematou Fabiano Félix.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba avaliou positivamente o debate, tanto pela participação dos bancários e bancárias quanto pela qualidade do debate sobre os problemas que ameaçam a Cassi e a negociação com o Banco.  “Agradecemos a Fabiano Félix, do Caref, que atendeu ao nosso convite e aqui veio tirar dúvidas e esclarecer a real situação da Cassi e a conturbada negociação com o Banco. Lamentamos a postura equivocada da direção do BB em formatar uma proposta absurda, que corta direitos, aumenta a contribuição dos associados, institui o voto de minerva, entrega duas diretorias ao mercado e ainda tenta impor aos diretores e conselheiros da Cassi uma decisão que não cabe a eles. Além disso, o banco vem pressionando os funcionários para aprovarem uma proposta que traz prejuízos aos associados da Caixa de Assistência. Portanto, companheiros, vamos à luta nessa Campanha e cobrar uma solução séria para a Cassi”, concluiu Marcelo Alves.

Fonte: Seeb-PB