Em João Pessoa os bancários retardaram a abertura do expediente ao público em uma hora, em protesto contra a compensação das horas e a terceirização
Seguindo a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancários retardaram em uma hora a abertura do expediente ao público na agência Epitácio Pessoa, na capital, nesta quarta-feira (7), Dia Nacional de Luta contra a obrigatoriedade, imposta pelo Santander, de compensar as horas não trabalhadas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.
No ato público em frente à agência, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida criticou a postura mesquinha do Santander. “Por que o banco espanhol que vem pegar um terço do seu lucro global aqui age de forma mesquinha e, na contramão das demais instituições financeiras, quer compensar as horas não trabalhadas pelos seus funcionários liberados durante os jogos da seleção brasileira na copa do mundo? Não aceitamos esse absurdo, assim como também condenamos o processo de terceirização que o Santander vem implantando e diminuindo o número de contratações de funcionários”, desabafou.
em Assim como aconteceu no país, desde ontem, nesta quarta-feira (&)Bancários e bancárias do Santander realizaram protestos em agências de todo o país contra a obrigatoriedade, imposta pelo banco, de compensar as horas não trabalhadas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. “O Santander está indo na contramão de todos os bancos que atuam no Brasil”, pontuou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, lembrando que o banco espanhol recebeu um ofício solicitando o abono das horas não trabalhadas, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação dos empregados que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários, mas ainda mantem sua posição de obrigar os trabalhadores de repor o tempo.
Desde a manhã desta terça (6), os funcionários e funcionárias realizaram, dentro e fora das agências Santander, manifestações com palestras e entrega de panfletos, para reivindicar o abono das horas não trabalhadas por conta dos jogos do Brasil, que já está classificado para as quartas de final da Copa do Mundo. “Nós também aproveitamos para dialogar com os funcionários e clientes sobre as terceirizações, que estão ocorrendo num processo extremamente acelerando dentro do Santander”, completou Lucimara.