Nesta sexta-feira (20), Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil retardaram a abertura do expediente ao público até o meio dia e realizaram um ato público em frente à Agência Varadouro, em João Pessoa-PB, para protestar contra a ameaça de fechamento de 19 agências do Nordeste. O evento, que faz parte do Dia Nacional de Luta orientado pela Contraf-CUT, foi coordenado pela diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
O movimento foi deflagrado após o Fato Relevante da Comissão de Valores Mobiliários divulgado na sexta, 13 de janeiro, em que a direção do Banco do Nordeste confirmou o fechamento de 19 agências na região. Na Paraíba, a agência do BNB localizada no Bairro da Liberdade, em Campina Grande, está entre as que serão fechadas, de acordo com o processo de desmonte das empresas estatais promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
Diretores do Sindicato e funcionários da ativa e aposentados do BNB explicaram à sociedade os motivos do protesto e as consequências das medidas para a Região Nordeste e o seu povo.
Marcelo Alves, secretário geral do Sindicato dos Bancários, chamou a atenção para o formato da reestruturação no BNB ser semelhante às mudanças em andamento no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. “O fechamento de unidade e remanejamento de funcionários segue a mesma cartilha de outras reestruturações e vêm criando apreensão e gerando perdas de funções e descomissionamentos, como ocorreu recentemente no BB e na Caixa. Por isso temos que lutar para barrar esses absurdos”, conclamou.
Por sua vez, o dirigente sindical e funcionário do BNB, Robson Luís, falou sobre as consequências perversas para o povo do Nordeste com o enfraquecimento do Banco. “Com o falso discurso de que a reestruturação é necessária para a retomada do crescimento do país, o governo golpista camufla o verdadeiro objetivo dessas mudanças que visam enfraquecer o banco público, acabar com os financiamentos e reduzir os investimentos no Nordeste, trazendo riscos também para o desenvolvimento do país. Reduzir o papel do BNB é condenar os nordestinos ao eterno flagelo”, concluiu.