A primeira negociação com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) dentro da Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018, realizada na última quarta-feira (27) rendeu a assinatura do Acordo do Ponto Eletrônico dos funcionários do Banco, uma luta antiga da categoria, que já dura 15 anos. O encontro aconteceu na sede do Centro Administrativo do BNB, em Fortaleza.

Estiveram presentes à assinatura do Acordo do Ponto Eletrônico e à primeira negociação com o BNB, a presidenta e o secretário-geral da Contraf-CUT, Juvandia Moreira e Gustavo Tabatinga, além dos representantes dos Sindicatos do Nordeste, a exemplo de Robson Araújo, do Sindicato dos  Bancários da Paraíba, a Federação Bahia/Sergipe, a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, bem como o presidente do BNB, Romildo Carneiro e diretores do Banco.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira lembrou a lógica dos bancos que é só concentração de renda. “Daí a importância de começarmos as negociações da Campanha 2018 pelo Banco do Nordeste, um banco iminentemente voltado para o desenvolvimento econômico e social dessa região. A presença do presidente da Instituição na primeira negociação valoriza a negociação com o banco. É um sinal relevante”. Mas, enfatizou que, de maneira geral, as negociações estão ameaçadas com a nova lei trabalhista, como o fim da ultratividade da Convenção Coletiva. “Queremos que o acordo com BNB seja válido até que se renove um próximo acordo. Tem questões sensíveis, como auxilio creche-babá, por exemplo, entre outros. E garantir a ultratividade dos acordos é fundamental e terminar a negociação com um acordo válido até o fim”, completou.

Para o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, Tomaz de Aquino, “o ponto eletrônico é uma das maiores conquistas dos trabalhadores do BNB, tanto para os funcionários como para o próprio banco, nos últimos anos. Isso é fruto de uma construção que estamos fazendo entre corpo funcional e a direção do Banco durante 15 anos. Passamos por um período muito difícil nas décadas de 90 e início de 2000, mas de 2003 para cá, nós temos tido uma relação fora do comum com todos os presidentes que assumiram o BNB. Os diretores que passaram por aqui, demonstraram capacidade grande de diálogo, importante para a relação trabalhista. Há alguns anos, o BNB era o último a iniciar a negociação das campanhas salariais. Agora sai na frente, somos os primeiros a negociar em 2018. Isso nos motiva, como movimento sindical, a cada vez mais lutar pelos direitos dos bancários”, concluiu Tomaz de Aquino.