Nesta sexta-feira (15), bancárias e bancários sob a coordenação do Sindicato dos Bancários da Paraíba retardaram a abertura do expediente nas agências do Banco do Brasil em João Pessoa e fizeram um ato público em frente ao Condomínio do BB na Praça 1817, em protesto contra a reestruturação da instituição financeira que prevê fechamento de agências, redução no número de caixas e demissão de cinco mil empregados.

O evento, que fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa do Banco do Brasil e foi prestigiado pela Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT – PB), ocorreu em todo o país com o objetivo de mobilizar o funcionalismo do BB e alertar a sociedade sobre os malefícios das medidas adotadas pela direção do Banco. A diminuição do número de caixas e a demissão de funcionários vai prejudicar ainda mais o atendimento ao público. O fechamento de agências e a transformação de outras em postos de atendimento vai deixar muitas cidades sem serviços bancários, o que afeta sobremaneira a função social do BB, ao deixar de atuar em todos os recantos do Brasil.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, alertou a sociedade para as implicações desses ataques sistemáticos às empresas e aos serviços públicos, especialmente essas medidas absurdas de desmonte dos bancos públicos, com o objetivo de facilitar as privatizações.

“O governo ultraliberal de Paulo Guedes e Bolsonaro, que tem compromisso apenas com os detentores do capital, não vai sossegar enquanto não entregar de bandeja as nossas empresas e os serviços públicos, principalmente os mais rentáveis, que são os bancos estatais. E o que era apenas intenção agora ganhou forma, através dessas medidas elaboradas de forma unilateral pela direção do Banco do Brasil, sem nenhuma discussão com a sociedade e o movimento sindical bancário. E nós, enquanto representantes da categoria bancária vamos resistir a essas manobras de desmonte dos bancos públicos para privatizá-los. A diminuição de caixas executivos e o fechamento de agências significa precarizar ainda mais o atendimento ao povo, que é o verdadeiro dono do BB. Portanto, essa luta não é uma luta corporativa, mas uma luta de toda a sociedade. Já imaginaram como teria sido atravessar esses meses todos de pandemia sem ter o atendimento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal? Seria um caos total, pois banco privado não atende clientes de baixa renda. Então, vamos à luta em defesa dos bancos públicos e fora Paulo Guedes e fora Bolsonaro”, concluiu LindonJhonson Almeida.

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Fonte: Seeb – PB