Nesta sexta-feira (27) a categoria bancária participou, em João Pessoa-PB, das ações e mobilizações realizadas pelas Centrais Sindicais (CUT, CTB e NCST) e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, juntamente com a Fetag-PB e a ADUF. A programação teve início às 6h, com uma panfletagem na CBTU e Terminal de Integração, seguida da concentração na Fetag-PB, de onde os manifestantes saíram em passeata pelas principais ruas do centro até a frente da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, onde foi encerrada, inclusive com a presença do ex-ministro José Eduardo Cardoso.
Os movimentos sociais e a classe trabalhadora repudiaram a famigerada reforma trabalhista, que acabou com direitos e conquistas históricas dos/as trabalhadores/as, além de denunciar o atual governo golpista e corrupto de Michel Temer, responsável pelo cenário de miséria e privatização que vive o país com o aumento de milhões de desempregados e o retorno do país ao quadro internacional da fome e da miséria.
A representação dos trabalhadores cobrou uma investigação séria sobre o assassinato da Vereadora Marielle e seu motorista, bem como protestou contra a condenação sem provas, que culminou com a prisão injusta do ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva – maior liderança produzida pela classe operária brasileira; uma demonstração clara de que o golpe foi, antes de tudo, contra os (as) trabalhadores (as) e suas conquistas históricas.
Em sua fala, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, conclamou a classe trabalhadora a se unir na resistência ao golpe e na luta pela manutenção dos seus direitos.
“Amanhã, 28 de abril, vai fazer um ano que nós trabalhadores fizemos a maior greve desse país nos últimos anos, mostrando toda a nossa insatisfação e indignação com as ações nefastas desse governo ilegítimo contra os trabalhadores. Hoje, voltamos às ruas mais uma vez para protestar e denunciar que os trabalhadores não têm nada a comemorar na próxima terça-feira, 1º de Maio – Dia do Trabalhador. Muito pelo contrário, a classe trabalhadora está de luto com o massacre neoliberal sobre seus direitos trabalhistas, usurpados por Michel Temer e seus seguidores. Os bancários estão sofrendo com os constantes ataques aos bancos públicos, que estão sendo sucateados para viabilizar as privatizações. Os bancos privados continuam lucrando muito e demitindo ainda mais. E, para complicar ainda mais a vida dos trabalhadores, o governo feriu mortalmente os sindicatos, quando transformou o imposto sindical em contribuição e retirou o repasse às entidades de classe. Daí a necessidade de aumentarmos a mobilização e a unidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e das cidades para fortalecermos a resistência ao golpe e lutarmos pela manutenção dos nossos direitos históricos”, concluiu Marcelo Alves.