#PropostaDecenteOuGreve: trabalhadores rechaçam reajuste oferecido pelos bancos que determina perda real nos salários
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Financeiros (Contraf-CUT), federações e sindicatos da categoria bancária de todo o país realizam nesta terça-feira (30) um Dia Nacional de Luta contra a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no âmbito das negociações da Campanha Nacional 2022. Os trabalhadores exigem aumento real nos salários e nas demais verbas econômicas, mas os bancos insistem em um reajuste que resultaria em perda real nos salários.
Em muitos locais do país, além de faixas e cartazes com frases de protestos, os bancários atrasaram a abertura de agências. Nas redes sociais, o Comando Nacional orienta o uso da hashtag #PropostaDecenteouGreve e a marcação dos perfis dos bancos (@itau, @Bradesco, @Santander_br, @BancodoBrasil, Caixa e @Febraban) nas postagens.
Entenda
A última proposta feita pela Fenaban, na 18º mesa de negociação, foi reposição de 75,8% da inflação, que gera perda salarial de 2% nos salários. Os bancos também ofereceram ajuste de 100% da inflação (no momento projetada pelo Banco Central em 8,83% para o final de agosto) para os vales alimentação e refeição. Entretanto, a categoria pede a inflação dos alimentos, projetada para 15,37%.
“É um absurdo que, com tanto lucro que os bancos tiveram, o que propõem é um reajuste abaixo da inflação”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
“Em 2021, os bancos bateram recorde nos lucros, superiores aos que alcançaram no período pré-pandemia. E, no primeiro semestre de 2022, os cinco principais bancos apresentaram um crescimento no lucro de 14,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em números, são R$ 56,5 bilhões. Então, chegamos no período de negociação da data-base com um setor que tem um resultado financeiro para distribuir, ao contrário de outros setores”, explicou o economista da Subseção da Contraf-CUT do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan.
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Fonte: Contraf-CUT