Bancárias e bancários cruzaram os braços nesta sexta-feira (29) e paralisaram as unidades do Banco do Brasil na capital, na região metropolitana e nas demais regiões do estado na jurisdição do Sindicato os Bancários da Paraíba, contra a reestruturação e o desmonte do Banco público.

Apesar de ser uma paralisação de 24 horas, em uma sexta-feira e final de mês, a sociedade não só entendeu os motivos da atividade paredista como apoiou a resistência da categoria às transferências compulsórias, à extinção da função de caixa, à demissão de cinco mil funcionários e o fechamento de centenas de agências e postos de atendimento bancário. Na Paraíba, serão fechadas três agências, sendo uma em Campina Grande e duas em João Pessoa: Parque Solon de Lucena e Bancários.

Em Pombal, no Sertão Paraibano, o dirigente sindical e funcionário do BB, Carlos Guedes, não só esclareceu à população local sobre a motivação do funcionalismo para fazer essa paralisação, como abriu o microfone para a participação popular.

“Nós estamos vivendo uma tragédia nacional, com pais de família perdendo os empregos; não tem emprego pra ninguém e quando surge uma vaga é um subemprego pra trabalhar muito a troco de quase nada. Esse desgoverno está entregando todo o nosso patrimônio ao capital financeiro, que não gera empregos, que lucra na pandemia e ainda demite trabalhadores e trabalhadoras doentes. O Banco do Brasil é um patrimônio do povo brasileiro e tem um papel fundamental no desenvolvimento do país, no financiamento à agropecuária, além de ser o agente de disseminação das políticas sociais do governo. Por isso, defendo a manutenção do BB público e apoio os funcionários do banco que são tão vítimas quanto os clientes e usuários da instituição financeira. Essa luta é de toda a sociedade“, desabafou Cícero, trabalhador pombalense que morou em São Paulo por quatro décadas, militou nos movimento sociais e está de volta à terra natal.

Franciélio Júnior, diretor do Sindsemp – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pombal, que veio apoiar a luta dos bancários, falou em nome da diretoria da entidade. “Estamos aqui para apoiar essa paralisação, porque em vez do Banco do Brasil fechar agências e demitir funcionários, deveria fazer justamente o contrário, abrir mais pontos de atendimento, contratar mais funcionários e qualificá-los para ampliar os serviços oferecidos com a qualidade que o povo merece”, ressaltou.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, que estava com a diretoria da CUT Paraíba no Condomínio do Banco do Brasil, na Praça 1817, no centro de João Pessoa, avaliou positivamente a paralisação desta sexta-feira.

“Valeu a pena a mobilização que fizemos, tanto na nossa base quanto para esclarecer a sociedade sobre a motivação do funcionalismo em paralisar por 24 horas as atividades contra o desmonte do Banco do Brasil, através dessas medidas absurdas com demissões, fechamento de agências, postos de atendimento bancário e extinção dos caixas, todas prejudiciais ao atendimento e que afastam o banco público de sua função social em prejuízo da sociedade. A adesão dos bancários e bancárias foi massiva na nossa base, do litoral ao Sertão, além de recebermos o apoio de entidades representativas da classe trabalhadora e outras do povão, que veio se pronunciar a favor da nossa resistência à reestruturação e repudiar o desgoverno de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro que demonstram inabilidade para administrar o país em favor do povo, mas que são muito habilidosos no aumento dos gostos públicos e na entrega do patrimônio nacional ao capital financeiro. O povo e a classe trabalhadora saem fortalecidos nessa prova de unidade e disposição para resistir aos desmandos do governo e na luta pelo Fora Bolsonaro”, concluiu Lindonjhonson Almeida.

Veja como foi a paralisação no país, segundo a Contraf-CUT:
De norte a sul, BB paralisa contra reestruturação – Bancários PB (bancariospb.com.br)

Veja as fotos da paralisação na base do Seeb-PB:

Sindicato dos Bancários da Paraíba