O Banco Central (BC) deu o aval para que o grupo escocês The Royal Bank of Scotland (RBS) monte no país um banco de investimento e também opere no mercado de câmbio. A autorização, dada pelo Conselho Monetária Nacional (CMN), depende agora de decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff para ter validade.

O RBS pretende atuar no segmento corporativo, disse o novo chefe do Departamento de Organização Financeira (Deorf) do BC, Adalberto Gomes da Rocha. Esse foi o plano de negócios apresentado pela instituição à autoridade monetária no seu pedido de licença. "O público-alvo são grandes empresas, com escala global ou que já atuam como clientes do grupo", acrescentou, citando como exemplo as companhias Vale, Votorantim e Petrobras.

A instituição começa a operar com capital inicial de R$ 140 milhões, cerca de sete vezes o mínimo exigido para um banco investimentos atuar no sistema financeiro nacional, valor que hoje está em R$ 17,5 milhões.

Este será o primeiro banco da Escócia a atuar no Brasil e terá sede em São Paulo. O grupo RBS já tem presença no Brasil, mas com um escritório de representação, ou seja, trata-se de uma empresa não financeira, destacou Rocha. "O grupo tem uma empresa no Brasil que não é instituição financeira e não está sob a égide do Banco Central", afirmou.

Rocha destacou que o RBS foi fundado em 1727 e está entre os maiores grupos financeiros do mundo. Tem presença em em mais de 50 países, com cerca de 40 milhões de clientes e 150 mil funcionários.

Fonte: Valor Econômico – Fernando Travaglini

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