"Os formuladores foram unânimes na visão de que será apropriado reduzir a oferta de liquidez ao longo do tempo", informou a ata referente à reunião de janeiro.
A ata indicou que, embora haja uma confiança crescente dentro do Fed sobre a eficácia de suas ferramentas para retirar seus estímulos monetários, também há dissensões com relação ao tempo e à sequência dos passos de retirada.
"Vários integrantes acharam importante começar um programa de venda de ativos no futuro próximo para garantir que o balanço do Federal Reserve recue mais rapidamente.”
Outras autoridades, contudo, pareceram preocupadas com o fato de que se desfazer de dívidas ligadas a hipotecas em um mercado frágil pode elevar o juro para financiamentos imobiliários, comprometendo os avanços conseguidos com a estabilização no mercado.
O início de construções de moradias nos EUA subiu 2,8% em janeiro, mas, numa taxa anualizada em torno de 591 mil unidades, o que mal representa um quarto do pico.
As bolsas de valores interromperam os ganhos após a divulgação da ata, enquanto o dólar subia ante outras moedas.
Na reunião de janeiro, o Fed manteve a taxa básica de juro próxima de zero e reiterou a promessa de mantê-la extraordinariamente baixa por um "período prolongado".
O presidente do Fed de Kansas City, Thomas Hoenig, divergiu dos colegas porque estava desconfortável com a menção sobre a promessa de manutenção do juro. A ata mostrou que ele não quis discordar no geral, mas do tom. Há uma ativa discussão por trás disso: que o momento para uma retirada de estímulos pode estar próximo.