O Banco Central (BC) trabalha para diminuir significativamente o número de tarifas cobradas para o cliente de cartão de crédito. O setor lidera em reclamações, segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça.

Atualmente, há mais de 50 delas no mercado. O número não é exato porque muitas têm a mesma função, mas nomes diferentes de acordo com a bandeira ou o banco emissor do cartão porque não há regulamentação do setor. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) já admite uma redução para um intervalo de 20 a 30 tarifas.

Para o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, no entanto, esse número pode ser ainda menor. Mendes não quis adiantar qual será a quantidade final de tarifas cobradas pelo setor porque o trabalho sobre o tema ainda não foi finalizado.

– Vai cair bastante – limitou-se a dizer o diretor, ao deixar ontem a Câmara dos Deputados, onde participou de audiência pública sobre cartões.

Questionado sobre se a projeção da Abecs estava correta, Mendes acrescentou apenas que o número "talvez" possa ser menor. A redução da quantidade de tarifas será fruto de uma mudança na resolução do BC, que passará a regulamentar as tarifas dos cartões.

A alteração tem de passar pelo crivo do Conselho Monetário Nacional (CMN), mas o diretor do BC também não quer se comprometer com prazos. Os representantes do CMN se reúnem uma vez por mês e o próximo encontro está previsto para julho.

No passado, o Banco Central também entrou no mercado de tarifas bancárias. E o resultado foi a diminuição da quantidade.

– Em breve estará vindo a público uma resolução equilibrada – disse Mendes.

Cobrança indevida

– Há mais de 500 milhões de cartões de crédito e débito no país

– Das reclamações contra o setor, 77% são de cobranças indevidas

OS CUSTOS VÃO CAIR?

– A expectativa é a de que os custos com aluguel de máquinas de cartões caiam para os comerciantes a partir da próxima semana, quando acaba a exclusividade entre bandeiras (como Visa e Mastercard) e credenciadoras (Cielo e Redecard, por exemplo).

– Mas o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, teme que a disputa, de fato, entre as duas maiores concorrentes do setor seja postergada porque uma das estratégias das companhias nesse momento de transição é a de fidelizar o comerciante ao fazê-lo optar por uma ou outra bandeira.

Fonte: DPDC
Fonte: Zero Hora

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