O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia denuncia que o Banco da Amazônia está demitindo funcionários em pleno estágio probatório. Para a entidade, essa situação pode estar criando uma indústria de rotatividade com os aprovados em concurso público, no momento em que o banco deveria atuar para capacitar esses trabalhadores para o atendimento ao público e à prestação de serviços de qualidade para fortalecer a instituição como banco público.

Há casos de funcionários que vieram de outros estados, onde deixaram seus empregos para trabalhar em Rondônia e, no meio do estágio probatório, são mandados embora sem oportunidade de concluir o aprendizado para o exercício adequado de suas funções. "O banco não me deu oportunidade de avançar mais", afirma um desses funcionários, despedido com apenas 75 dias de trabalho.

Para o presidente do Sindicato, José Pinheiro, essa atitude do banco demonstra uma falta de "humanidade" para com os trabalhadores, já que, mesmo sabendo que a situação de carência de profissionais na região é elevada, ainda há a falta de treinamento e orientação para os "novatos".

"Desta forma, o banco faz pouco caso dos profissionais interessados e não aproveita uma mão de obra que vem de muito longe e, subitamente, destrói sonhos e a esperança de pais e mães de família", avalia o dirigente sindical.

"É um ato desumano, injusto e cruel com a pessoa. Repudiamos essa atitude e não podemos admitir que o Banco da Amazônia contrate pessoas de outros estados e, em pleno estágio probatório, os demita com a alegação de falta de aplicação ou incapacidade profissional. Ora, a pessoa passou num concurso e, assim como em todos os certames, após passar na prova, essa pessoa tem que ter um treinamento para se capacitar a exercer sua função e isso o banco não fez e nem está fazendo. É ilegal e imoral esta postura do banco", avalia Pinheiro.

"O Sindicato e sua assessoria jurídica vão apurar a realidade dos fatos para verificar a legalidade das demissões, pois há fortes indícios de ofensa ao princípio da dignidade humana e, uma vez constatada, adotará medidas para resguardar o direito do trabalhador prejudicado, bem como adotará medidas para coibir essa prática abusiva adotada reiteradamente pelo banco", adianta a secretária de Finanças do Sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Maria do Socorro.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rondônia

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