O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia denuncia que o Banco da Amazônia está demitindo funcionários em pleno estágio probatório. Para a entidade, essa situação pode estar criando uma indústria de rotatividade com os aprovados em concurso público, no momento em que o banco deveria atuar para capacitar esses trabalhadores para o atendimento ao público e à prestação de serviços de qualidade para fortalecer a instituição como banco público.
Para o presidente do Sindicato, José Pinheiro, essa atitude do banco demonstra uma falta de "humanidade" para com os trabalhadores, já que, mesmo sabendo que a situação de carência de profissionais na região é elevada, ainda há a falta de treinamento e orientação para os "novatos".
"Desta forma, o banco faz pouco caso dos profissionais interessados e não aproveita uma mão de obra que vem de muito longe e, subitamente, destrói sonhos e a esperança de pais e mães de família", avalia o dirigente sindical.
"É um ato desumano, injusto e cruel com a pessoa. Repudiamos essa atitude e não podemos admitir que o Banco da Amazônia contrate pessoas de outros estados e, em pleno estágio probatório, os demita com a alegação de falta de aplicação ou incapacidade profissional. Ora, a pessoa passou num concurso e, assim como em todos os certames, após passar na prova, essa pessoa tem que ter um treinamento para se capacitar a exercer sua função e isso o banco não fez e nem está fazendo. É ilegal e imoral esta postura do banco", avalia Pinheiro.
"O Sindicato e sua assessoria jurídica vão apurar a realidade dos fatos para verificar a legalidade das demissões, pois há fortes indícios de ofensa ao princípio da dignidade humana e, uma vez constatada, adotará medidas para resguardar o direito do trabalhador prejudicado, bem como adotará medidas para coibir essa prática abusiva adotada reiteradamente pelo banco", adianta a secretária de Finanças do Sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Maria do Socorro.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rondônia