O Banco do Brasil vai criar canais de atendimento exclusivos para clientes com renda de até R$ 1.100. Embora representem hoje quase 70% do seu público, algumas dessas pessoas ainda mantêm relação limitada com a instituição.

Serão lançados também produtos mais baratos -na área de seguros, por exemplo. O banco espera ainda chegar a todas as cidades do país e dobrar o número de correspondentes bancários até o fim do ano.

Essa é maior ação do BB nesse segmento desde a incorporação, em 2008, do Banco Popular, criado para atender clientes com renda de até um salário mínimo, mas que encerrou as operações por dar prejuízo. Agora, o banco está de olho em um público maior, classificado como "emergente".

Até o final do primeiro semestre, esses clientes vão contar com uma central de atendimento personalizada, com um gerente que já atenda a esse público. Em julho, começa a troca dos caixas eletrônicos do BB, que terão menus diferentes para cada tipo de cliente.

A identificação é feita pelo cartão da conta bancária. Para esses clientes, haverá um número menor de opções no atendimento eletrônico, com destaque para os serviços mais utilizados (saldo, extratos e movimentação financeira).

"É preciso que esses canais tenham uma linguagem que faça sentido para esse público", diz o diretor de gestão de canais do BB, Hideraldo Leitão. "Hoje, se você entrar em um terminal, há mais de 300 opções."

Em relação ao atendimento feito pela internet e aos serviços prestados por telefone celular, ainda não há planos.

Outra medida é a expansão dos postos de atendimento. Em cinco anos, o BB espera estar presente com agências em todas as cidades do país. Hoje, está em quase 4.000 municípios.

No curto prazo, há planos para dobrar o número de correspondentes bancários neste ano por meio de acordos com estabelecimentos comerciais, como mercados e farmácias. O banco também avalia aquisições nessa área, assim como foi feito em 2009, quando foi fechado um acordo com o banco Lemon. Em até dois meses, todos esses correspondentes vão receber também a marca "Mais BB" para facilitar a sua identificação pelos clientes.

Com a expansão desses postos e a abertura de agências, o BB espera chegar a bairros que não possuem hoje atendimento bancário, principalmente em favelas e periferias.

Bancos, além do BB, estão investindo para atrair esse público. No ano passado, o Bradesco abriu uma agência em Heliópolis, um dos bairros mais populosos da capital paulista, e começou a operar com um posto fluvial no Amazonas.

Fonte: Folha de São Paulo / Eduardo Cucolo

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