O Banco do Brasil pôs em andamento uma ampla dança de cadeiras de executivos. Foram trocados três diretores, nove superintendentes estaduais e dois superintendentes regionais. As mudanças haviam sido anunciadas internamente no último dia 11. Segundo a instituição, as alterações não têm relação com o novo governo. O banco faz um rodízio a cada dois anos, para impor "novos desafios" a seus funcionários mais graduados.

Sérgio Nazaré, que era diretor de governo, passou a ocupar a diretoria de varejo. Com isso, Janio Macedo, que comandava a área de varejo foi para a diretoria da Aliança do Brasil. O posto deixado por Nazaré foi ocupado por Paulo Ricci, que era superintendente do banco em São Paulo.

A mesma lógica de rodízio foi aplicada aos superintendentes. Diretorias e superintendências são exclusivas dos funcionários de carreira do banco.

Especulação

A mudança provocou especulações sobre uma possível estratégia do novo governo de tomar controle da máquina do banco, independentemente do resultado das negociações políticas para ocupar os postos mais altos da hierarquia. Pelo que se comenta nos corredores, essas alterações estariam ocorrendo sob a bênção de um dos coordenadores da transição, o deputado Antônio Palocci (PT-SP).

Além da presidência, o banco tem nove vice-presidências que podem ser preenchidas por pessoas de fora da corporação. Essas negociações, porém, ficariam para mais tarde. Especula-se que, no início do governo de Dilma Rousseff, os bancos oficiais federais permaneceriam como estão.

A permanência de Aldemir Bendine na presidência do Banco do Brasil teria sido reforçada pela manutenção de Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Há, porém, rumores de que o comando do banco poderia ficar com Alexandre Abreu, hoje um vice-presidente. Ele também é funcionário da casa.

Fonte: O Estado de São Paulo / Lu Aiko Otta e Edna Simão

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