Banco do Brasil pode finalizar compra de banco nos EUA ainda neste ano

O Banco do Brasil está mais próximo de adquirir uma instituição financeira nos EUA. Segundo o vice-presidente de Finanças, Ivan Monteiro, o negócio pode ser finalizado ainda neste ano.

O banco já contratou um assessor nos EUA. "Analisamos um conjunto relativamente pequeno de bancos. E hoje, estamos focados em um banco especifico. A negociação pode ser aprovada neste ano", disse ele. O executivo lembrou, porém, que a transação precisa passar pelo crivo das autoridades competentes nos EUA e no Brasil.

Monteiro afirmou que a instituição americana tem cobertura geográfica próxima dos locais com maior presença de brasileiros.
O executivo afirmou que, por enquanto, o BB não tem interesse em novas aquisições no setor financeiro doméstico.

Se concretizada, essa transação será mais uma etapa da expansão do BB além das fronteiras brasileiras. Em abril, a instituição comprou por US$ 479,6 milhões (cerca de R$ 839 milhões) o controle do banco Patagonia, sexta maior instituição financeira da Argentina, com ativos de US$ 2,56 bilhões.

PANAMERICANO

Monteiro afirmou que o BB possui parcelas da carteira de crédito do banco PanAmericano, herdadas por ocasião da compra do banco estadual Nossa Caixa. Mas ele esclareceu que as carteiras de créditos adquiridas de terceiros representam apenas 4% da carteira total do BB. E que a parcela relativa ao banco PanAmericano compreende apenas 5% do montante de ativos de terceiros.

O executivo declarou ainda que o banco não tem interesse em adquirir novas parcelas da carteira de crédito do PanAmericano.

Em 2008, o BB comprou mais de R$ 8,2 bilhões em carteira de crédito de instituições financeiras de menor porte, como forma de estimular a circulação de recursos num momento em que, por conta da crise mundial, essas empresas estavam com dificuldades em levantar capital para manter suas operações. Providência semelhante foi tomada pela Nossa Caixa, que chegou a absorver R$ 1,4 bilhão em carteiras de crédito de bancos menores.

Fonte: Folha.com / GABRIEL BALDOCCHI