O Banco do Brasil informou nesta quinta-feira, dia 12, que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,979 bilhão, 6% superior ao ganho de R$ 1,867 bilhão em igual período do ano anterior. Nos nove primeiros meses de 2009, o lucro líquido atingiu R$ 5,992 bilhões, o que indica avanço de 2,29% sobre o período de janeiro a setembro do ano passado.
"O resultado foi impulsionado pela expansão do crédito", comentou a instituição em relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A instituição encerrou setembro com uma carteira de crédito total de 301,421 bilhões de reais, com uma expansão de 41,1 por cento em 12 meses, com destaque para o segmento de veículos, que deu um salto de 243,4 por cento no intervalo. O banco usou para esse cálculo o conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e títulos privados.
"Está mais que comprovado que o investimento no crédito com diminuiçaõ de taxas de juros é possivel manter rentabilidade nos mesmos níveis que os bancos vinaham alcançando. O problema é saber até quando este nível de rentabilidade do sistema financeiro e do BB pode ser sustentada pela sociedade", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do BB.
"O resultado também demonstra que os bancários do BB continuam se superando. Mesmo com a falta de funcionários, assédio moral e outros problemas, continnuam construindo lucros elevados para a empresa. Esperamos que o banco saiba valorizar seus trabalhadores", completa.
Os ganhos com a forte alta nas operações de financiamento foram diminuídos em parte devido ao aumento das despesas com provisões para perdas esperadas com crédito, que no período somaram 3,017 bilhões de reais, praticamente estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas bem acima do total de1,338 bilhão de reais provisionado no terceiro trimestre de 2008.
Os ativos totais da instituição somavam 685,684 bilhões de reais no final de setembro, uma expansão de 49,6 por cento em 12 meses, consolidando-se na liderança do ranking bancário doméstico entre as instituições financeiras. O número inclui a aquisição da Nossa Caixa e as incorporações do Besc e do BEP, além de 50 por cento de participação no Banco Votorantim.
Fonte: Contraf-CUT, com Aluísio Alves – Reuters