Uma delegação do banco europeu comandada pelo vice-presidente Carlos da Silva Costa estará no dia 24 no país, refletindo o crescente interesse pelo Brasil, um dos mercados mais promissores para companhias europeias em plena crise.
A ideia é analisar novas oportunidades de investimento, como em áreas de sustentabilidade ambiental. O BEI se dispõe a financiar também investimentos brasileiros nos 27 países do bloco europeu.
O volume de financiamento que o BEI está aprovando em dois meses (dezembro e janeiro) para o Brasil é bem elevado, comparado ao estoque de ? 1,4 bilhão destinado a 24 projetos no passado.
O crédito para o BNDES, que será anunciado nos próximos dias, cobre metade do projeto de ? 1 bilhão que o banco brasileiro quer destinar a pequenas e médias empresas investirem em energia renovável e eficiência energética. Em 2009, o BNDES arquivou discretamente uma operação de US$ 800 milhões acertada com a China, por considerar o custo do financiamento chinês elevado comparado às taxas cobradas por outros bancos oficiais de desenvolvimento.
Para a Comgás, o crédito em avaliação no Banco Europeu de Investimentos representa um terço do volume de 652 milhões de um projeto para a empresa expandir a distribuição de gás na grande São Paulo.
De maneira geral, os projetos financiados no Brasil apoiaram investimento direto europeu e transferência de tecnologia. Sua carteira no país apoiou investimentos do setor privado, como Vivo, Continental, Michelin, Pirelli, TIM, Telefônica, Itaú BBA, Volkswagen, Mercedes e Veracel, e ainda o gasoduto Bolívia-Brasil, segundo a instituição sediada em Luxemburgo.
No Brasil, o BEI propõe empréstimos a médio e longo prazo. Pode financiar até 50% do custo de um projeto, mas no geral limita-se a um terço desse custo, complementando financiamentos de outras instituições. Pelo plano operacional para 2010-2012, o banco planeja fechar este ano com um volume de financiamentos assinados de ? 75 bilhões, globalmente, similar ao volume do ano passado.