Instituições bancárias estão estabelecendo agências e correspondentes em favelas para aproveitar a demanda, especialmente das classes C e D. A Rocinha é pioneira, com três agências. A próxima comunidade a receber uma agência bancária é o Complexo do Alemão, que terá uma do Santander.

Outras instituições financeiras avisam que têm planos de se aproximar das áreas em que foram implantadas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) ou não, mas evitam revelar novos endereços por conta da concorrência.

A Caixa Econômica Federal foi a pioneira e está presente na Rocinha desde 1998. Mas é a agência novata do Bradesco, na principal rua da comunidade, que faz escola. A unidade é usada para testar novas formas de se comunicar e produtos voltados para as classes C e D. Entre as novidades está o seguro contra acidentes que inclui cobertura de morte por balas perdidas e custa apenas R$ 3,50 por mês.

"É uma forma de se antecipar ao mercado e conhecer de perto esse público que ainda está excluído da bancarização. O acesso ao sistema financeiro, ao crédito para quem tem um pequeno negócio também é forma de incluir socialmente", diz Eugênio Velasques, da Bradesco Vida e Previdência.

A agência da Caixa oferece mesmos produtos e atendimento de outras unidades. José Domingos Vargas, superintendente regional do banco no Rio, explica que a principal demanda é por cadernetas de poupança e serviços sociais, como FGTS, PIS e Bolsa Família. São 30 mil atendimentos por mês e a expectativa é aumentar. "Com as obras do PAC, teremos maior procura por estar gerando mais oportunidades de emprego e renda", acredita.

O Banco do Brasil capacita correspondentes bancários que fazem pagamentos, dão empréstimos, investimentos e planeja expandir. Segundo o banco, a preocupação com a violência não é diferente das agências do "asfalto".

Fonte: O Dia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *