O crédito imobiliário deve se expandir nos próximos anos, segundo avaliam a CEF (Caixa Econômica Federal) e o BB (Banco do Brasil). Isso porque, na opinião do vice-presidente de cartões e novos negócios do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, o crédito imobiliário no Brasil corresponde a 3% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto que em outros países, como México e Chile, esses índices são maiores, cerca de 11% e 17%, respectivamente.

Caffarelli lembra ainda que o país tem déficit habitacional de 8 milhões de unidades, número que indica necessidade de expansão do crédito para a compra de imóveis. "Temos dobrado o desembolso ano após ano, mas ainda estamos distantes de outros países", disse, conforme publicado pela Agência Brasil.

Securitização de papéis imobiliários

Ainda na opinião do vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, no futuro, o mercado secundário de crédito imobiliário estará disseminado.

Na avaliação de técnicos da Caixa, no longo prazo é possível que todos os bancos tenham destinado recursos da poupança para o crédito imobiliário acima do exigido. Além disso, para a CEF, uma das alternativas para uma nova fonte de recursos é a securitização de papéis imobiliários, o que significa transformar créditos de longo prazo em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), sendo que tais certificados são vendidos a investidores.

Poupança

Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 65% das aplicações do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para os empréstimos imobiliários.

Segundo Caffarelli, neste ano, não faltam recursos para aplicar no financiamento imobiliário. O BB, por exemplo, tem disponível R$ 7 bilhões, sendo que, em 2009, a carteira de financiamento imobiliário do banco ficou em R$ 1,5 bilhão, com expectativa de dobrar o resultado em 2010 e estar entre os três maiores em 2012.

Já a CEF, aplicou R$ 47 bilhões em crédito imobiliário no ano passado e tem meta de R$ 55 bilhões para este ano.

Fonte: InfoMoney /  Gladys Ferraz Magalhães

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