Durante o mês, os bancos contrataram 2.599 novos bancários e desligaram 1.947 trabalhadores de seus quadros, o que representa um saldo positivo de 652 novos trabalhadores. Por outro lado, o salário médio dos desligados era de R$ 6.512, enquanto que a média dos recém admitidos foi de R$ 3.737.
No caso das mulheres, a situação é ainda mais alarmante. O salário médio das bancárias desligadas em janeiro era de R$ 5.650. Para as admitidas, a média caiu para R$ 3.116, representando uma queda de 45%.
Já os homens apresentavam média salarial de R$ 7.406 entre os desligados. Para os admitidos, a média caiu 41%, ficando em R$ 4.342.
Desigualdade – Os números reforçam a desigualdade de gênero sistêmica no trabalho bancário, que se agrava com os dados de janeiro. Se entre desligadas a média salarial era 24% menor que entre os homens desligados, as mulheres admitidas em janeiro apresentam média salarial 28% menor que a dos bancários contratados no período.
“Os bancos apresentam uma lucratividade exorbitante, mesmo em cenários econômicos adversos. Mesmo assim, seguem demitindo e promovendo essas diferenciações de gênero, com mulheres recebendo menos que os homens. Nada justifica, diante de tantos ganhos por parte dos banqueiros, essas discrepâncias”, afirmou Marta Soares, secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato.
O Sindicato defende a promoção da igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho – inclusive com uma Comissão Bipartite prevista pela cláusula 49 da CCTpara tratar permanentemente do assunto –, mais contratações e equiparação salarial.
Fonte: SPBANCÁRIOS