“Isso tem diminuído o lucro dos bancos, o que é prejudicial para os bancários, que vêem sua PLR cair. O Sindicato está negociando o pagamento da participação nos lucros e resultados com todos os bancos, mas não descartamos entrar na Justiça para garantir que os funcionários não sejam prejudicados por conta desse medo das instituições financeiras com a inadimplência”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato, que destaca que desde 2007 a entidade defende mudança na regra da PLR. “A Fenaban tem dever moral de apresentar uma nova proposta para pagamento de PLR”, ressaltou.
O Itaú-Unibanco fez, individualmente, a maior provisão adicional de todos: R$ 3,023 bilhões só no quarto trimestre. O BB reservou R$ 1,7 bilhão, o Bradesco, R$ 597 milhões, a Caixa, R$ 1,3 bilhão, e o Santander Real, R$ 156 milhões nos últimos três meses do ano.
Mesmo em meio à maior crise financeira mundial dos últimos 70 anos, os bancos brasileiros ainda mantiveram ganhos bilionários. O lucro líquido das 20 instituições que já divulgaram o balanço de 2009 foi de R$ 32,7 bilhões, expansão de 2,9% em relação a 2007. Os ativos do sistema subiram 33% e ultrapassaram a marca de R$ 2,1 trilhões.
“A saúde financeira dos bancos é uma demonstração de que nada justifica a retração de crédito e nem as demissões, principalmente quando a desculpa é a crise financeira”, ressaltou Marcolino.
SEEB – SP, com jornais Estado de São Paulo e Valor Econômico