Por exemplo, se perguntarem o que alguém prefere: ter um lucro de um real ou de mil reais? É claro que, no primeiro momento, a tendência é responder que o lucro de mil reais é mais interessante. Mas aí, se dissermos que para atingir um lucro de mil reais seria preciso investimento de um milhão e para atingir um lucro de um real é necessário investimento de apenas dois reais, a segunda opção passa a ser mais vantajosa, exemplificou Einar Rivero, economista da consultoria responável pelo estudo.
No caso dos bancos brasileiros, a alavancagem em relação à taxa de juros – hoje em 8,75% ao ano, ainda uma das altas do planeta – e o aquecimento da economia, que levou a uma procura maior por crédito, foram fatores determinantes para a liderança das instituições financeiras nacionais.
O quesito rentabilidade deste estudo nada mais é do que o ganho em relação ao que se investiu. Se analisarmos alguns bancos que lideram o ranking de lucratividade (o americano Goldman Sachs é o primeiro colocado) vamos encontrar lucros exorbitantes, muito maiores que o dos brasileiros. Mas o desembolso da instituição para se chegar a este valor também é muito alto, menos compensador portanto, explicou Rivero.
De acordo com esta avaliação, ser mais rentável é mais vantajoso que ser mais lucrativo. Entre os maiores bancos da América Latina e EUA com ativos acima de US$ 100 bilhões, o mais lucrativo é o Goldman Sachs que no ano de 2009 lucrou US$ 13,38 Bilhões.
O latino melhor posicionado é o Banco do Brasil com US$ 5,82 bilhões na quinta colocação, seguido pelo itaú Unibanco na sexta colocação, com US$ 5,78 bilhões. O Bradesco fica com a sétima colocação com US$ 4,6 bilhões e o Santander na décima segunda colocação com US$ 1,03 bilhões.
Fonte: O Globo / Ana Paula Cardoso