Dezenas de correntistas esperam por serviços dos bancos e Proncon Estadual autua agência do Bradesco – (João Pessoa) O Procon Estadual autuou o banco Bradesco, na tarde de ontem, pelo descumprimento da Lei Municipal 8.744/98, conhecida como Lei das Filas, ao deixar clientes esperando atendimento por aproximadamente duas horas e pretende aplicar multa severa. Segundo o chefe de gabinete da autarquia, Helton Hené, os bancos não suportam a quantidade de clientes que têm e não dispõem de estrutura adequada para atendê-los. "Mesmo assim, os bancos continuam seduzindo novos clientes", ressalta ele.
De acordo com o Procon, a instituição bancária tem o prazo de dez dias para declarar seu posicionamento e as multas podem ser de R$ 200 a R$ 3 milhões. Entretanto, Helton Hené frisa que, como o Bradesco não é réu primário, a tendência é que seja aplicada uma multa severa.
Na agência do Banco do Brasil no mercado de Mangabeira, alguns clientes esperaram até seis horas, ontem, para ser atendidos, no primeiro dia útil do ano, como o operador de máquinas, Joanildo Evangelista. Ele chegou à agência às 10h e só saiu às 16h. “Eu vim para renegociar dívidas e, o pior, é que nem isso eu consegui fazer” reclama o correntista.
ATENDIMENTO ATÉ 30 MINUTOS
Sobre a Lei das Filas, o chefe do gabinete do Procon explica que a posição da agência é que a obrigatoriedade de atendimento em até 30 minutos só inclui pagamento. Contudo, Helton Hené, do Procon Etadual, afirma que o tempo de espera máximo de 30 minutos é válido para qualquer tipo de serviço bancário, mas o Procon não autuou a agência porque não houve denúncia.
“Nossa equipe esteve lá a pedido da reportagem (no BB), mas quando fomos o expediente havia acabado e o atendimento estava normalizado. Como não houve denúncia de clientes não pudemos fazer nada”. A Superintendência do Banco do Brasil na Paraíba foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou a respeito.
No momento da visita do CORREIO à agência, havia um grande contingente de pessoas para utilizar os terminais de autoatendimento e vários clientes queixaram-se da demora para ter acesso às máquinas. “Eu esperei mais de 20 minutos para chegar ao caixa rápido”, afirma a psicóloga Zélia Silveira, enquanto que o tesoureiro Fabrício Medeiros diz que, desde o mês passado, o atendimento na agência ficou muito lento. “Acho que o número de clientes deve ter aumentado muito nesse fim de ano porque o atendimento nunca foi tão devagar”.
Fonte: SEEB – PB, com Jornal Correio da Paraíba