O Sumitomo Mitsui Financial Group e dois outros bancos japoneses retornaram ao lucro trimestral, impulsionados por uma lenta melhora da economia. Os resultados são o sinal de que o pior pode ter ficado para trás nas abatidas instituições financeiras de Tóquio.

O Sumitomo Mitsui, terceiro maior banco do Japão em ativos, e os rivais de menor porte Sumitomo Trust and Banking e Shinsei Bank têm sido ajudados pela recuperação dos mercados acionários e por estímulos do governo para limitar o colapso de empresas.

Contudo, analistas alertam que, enquanto os bancos na segunda maior economia do mundo podem ter resistido ao pior, uma forte recuperação ainda não é certa.

"Neste ponto, o risco de maiores perdas de capital parece estar limitado", disse Jason Rogers, analista de crédito do Barclays Capital, em Cingapura, sobre o setor. "Mas eu serei muito cauteloso sobre esses números mesmo se eles vierem melhores que o esperado, devido a preocupações sobre a saúde geral do lado corporativo do Japão. Há ainda mais problemas a serem resolvidos durante o atual ano."

Os dois principais bancos japoneses, Mitsubishi UFJ Financial Group e Mizuho Financial Group, anunciam seus balanços hoje.

Diferentemente das instituições financeiras ocidentais, os bancos japoneses assumem participações nos clientes corporativos para consolidar os laços de negócios, tornando-os sensíveis à oscilação das ações domésticas.

Após ter caído para perto da mínima em 26 anos em março, o índice Nikkei, de Tóquio, se recuperou, acumulando alta de quase 23% no segundo trimestre deste ano.

O Sumitomo Mitsui informou nesta quinta-feira que o lucro líquido somou 72,8 bilhões de ienes (US$ 767 milhões) de abril a junho.

O banco perdeu 373,5 bilhões de ienes no ano encerrado em 31 de março, seu primeiro prejuízo em seis anos.

O resultado ficou acima dos 49,4 bilhões de ienes previstos por Shinichi Ina, do Credit Suisse, um dos poucos analistas a fornecer projeções trimestrais.

No segundo trimestre de 2008, o Sumitomo Mitsui registrou lucro líquido de 58,1 bilhões de ienes.

Fonte: Reuters / David Dolan, de Tóquio