Apesar de lucros em alta, segmento foi o único no setor de serviços que demitiu mais que contratou – Os bancos são o único segmento do setor de serviços que demitiu mais do que contratou no mês de março, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quarta-feira, dia 15, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar de passarem longe dos efeitos da crise, em alguns casos até acabaram beneficiados por ela, o contingente de bancários foi reduzido no mês em 239 postos de trabalho.

Mesmo com o vexame dos bancos, o setor de serviços gerou 49.280 vagas, o quarto melhor saldo da série histórica do Caged no período. O segmento do Ensino aumentou em 19.143 o número de empregos formais; o Comércio em 16.956; e Serviços Médicos e Odontológicos, 5.566.

"A falta de compromisso dos banqueiros com a sociedade é gritante. Em tempos de crise, onde o que o país precisa é de emprego e renda, eles pensam apenas em seus lucros e demitem", diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. "Contratações são necessárias também para melhorar os serviços aos clientes e a segurança nos locais de trabalho. Enfim, faz bem para toda a sociedade", completa.

Em alta – Os bancos brasileiros emergem da crise como um dos mais fortes das Américas e, consequentemente, do  mundo. De acordo com estudo da consultoria Economatica, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco subiram na lista dos mais lucrativos do continente e passaram a ocupar os terceiro, quarto e quinto lugares, respectivamente.

No quesito rentabilidade, os três também estão entre os cinco primeiros, de acordo com a mesma conultoria. O Banco do Brasil é o campeão da América. O Bradesco aparece em segundo, e o Itaú, em quinto.

E não são apenas os três que nadam em dinheiro no país. O lucro líquido do Santander cresceu 7,12% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Agência Estado. Com isso, registra R$ 416 milhões no período.

A Nossa Caixa, por exemplo, mais do que dobrou os lucros no ano passado, engordando os cofres em 113% e batendo nos R$ 646 milhões. A Caixa Federal fechou 2008 com R$ 3,8 bilhões de lucro, aumento de quase 55% em relação a 2007. O HSBC, com R$ 1.351.006, cresceu 9,5%, e o Safra também não pode reclamar: chegou a R$ 843 milhões, aumento de 1,5% no mesmo período.

Fonte: SEEB – SP, com Agência Estado

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