A CreditSights acompanha uma amostra de 143 títulos lastreados em hipotecas residenciais garantidas por ? 136 bilhões (US$ 170 bilhões) em empréstimos, com cerca de 45% deles originados pelas cajas.
Embora os bancos de poupança forneçam poucas informações sobre a situação de suas carteiras de empréstimos, relatos de investidores sobre o desempenho da dívida securitizada sugerem que a qualidade dos ativos está mais fraca que nos bancos comerciais, afirma a CreditSights.
"As hipotecas originadas pelas cajas estão se saindo muito pior que aquelas concedidas pelos bancos comerciais espanhóis", escreveram no relatório os analistas David Watts, John Raymond e Hana Galetova. Ao comprar hipotecas fora dos "pools", "elas podem ter reduzindo artificialmente o nível dos empréstimos ruins em títulos lastreados em hipotecas residenciais, minando ao mesmo tempo a qualidade dos próprios ativos das cajas", escreveram eles.
Uma comparação dos empréstimos originados pelos bancos comerciais e cajas mostra que as inadimplências nas hipotecas dos bancos de poupança estão maiores que as dos bancos comerciais há pelo menos quatro anos, afirma o relatório. A queda da renda provocada pelos pacotes de austeridade do governo "sem dúvida nenhuma precipitarão um aumento das inadimplências", afirma a CreditSights.
Para as cajas, a proporção das hipotecas com os pagamentos atrasados em mais de 90 dias ou executadas atingiram o pico de 4,2% no terceiro trimestre do ano passado e está agora em 3,7%. A taxa de inadimplências graves para os bancos comerciais estava em 2,3% no terceiro trimestre e agora está "nivelada" em 2,6% segundo a CreditSights.
"Ao comprar os empréstimos do pool hipotecário, as cajas estariam levando esses empréstimos mais fracos para as suas próprias contabilidades", diz a CreditSight. "A atual taxa de inadimplências graves de 3,7% poderá achatar o desempenho das carteiras hipotecárias das cajas e subavaliar suas potenciais perdas."
Fonte: Bloomberg