O teste da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) avalia a resiliência de uma amostra de bancos em cenários "plausivelmente adversos" – por exemplo, a atual crise europeia.
Analistas consideraram, porém, que o teste não foi suficientemente rígido, daí a alta taxa de aprovação, e que isso pode provocar um efeito adverso nos mercados.
Segundo Abouhossein, 20 grandes bancos falhariam em uma prova mais dura, levando em conta os números que eles forneceram para os testes.
Para Abouhossein, os bancos mostrariam um déficit de capital de 80 bilhões de euros em um teste mais difícil, sendo 25 bilhões de euros dos bancos britânicos, 20 bilhões dos franceses, 14 bilhões dos alemães, 9 bilhões dos italianos, 4 bilhões dos espanhóis, 4 bilhões dos portugueses e 4,5 bilhões dos austríacos.
FALHA
A instituição com o pior desempenho no testo da EBA foi o ATEBank, da Grécia, que também teve um segundo banco reprovado, o EFG (ambos estatais).
Falharam ainda cinco bancos espanhóis – CAM, Pastor, Caja3, Unnim e Catalunyacaixa– e o austríaco Volksbanken. Em reação, a Espanha negou que seus bancos precisem reforçar o caixa.
O banco alemão Helaba se retirou do teste na quarta-feira, diante da expectativa de que fosse reprovado.
A expectativa do mercado era que 15 instituições fossem reprovadas. Ainda assim, 16 bancos ficaram no limiar da reprovação e precisam adotar um plano emergencial nos próximos três meses.
Uma das críticas feitas ao teste é a de que não levou em conta a possibilidade de um calote grego – o que colocaria bancos franceses e alemães numa situação complicada.
O EBA afirmou que o teste deste ano foi mais severo que o do ano passado. Em 2010, o banco irlandês Allied Irish Bank foi aprovado, mas, meses depois, precisou ser resgatado pelo governo.
Fonte: Reuters