Bancos estão entre muitos concessores de empréstimos da Europa que buscaram ajuda governamental – KAR-GU – Três bancos europeus informaram que estão se preparando para um ano difícil, após os problemas enfrentados no fim de 2008 com a crise de crédito, enquanto os temores dos investidores se deslocavam para a possível exposição das instituições ao leste europeu.

O banco francês Société Générale conseguiu apresentar com dificuldade um pequeno lucro no quarto trimestre, ante o grande prejuízo de um ano atrás, potencializado por um escândalo.

Enquanto isso, a ING, da Holanda, e o Commerzbank, da Alemanha, divulgaram prejuízos nesta quarta-feira.

Os três bancos estão entre muitos concessores de empréstimos da Europa que buscaram ajuda governamental de bilhões de euros para reconstruir seus balanços, comprometidos pela crise.

Na mais recente intervenção governamental pelo mundo, o governo alemão aprovou nesta sessão uma lei que permite a nacionalização de bancos, superando a relutância em adquirir instituições privadas.

O Société Générale divulgou que congelou seus planos para a Rússia e reorganizou suas atividades corporativas de banco de investimento, enquanto a ING informou que vai se concentrar em preservar capital em 2009 e se focar em menos mercados.

Após terem chegado a apresentar alta nesta quarta-feira, as ações do Société Générale recuavam 1,8 por cento no início da manhã, chegando aos menores patamares desde 1998. Os papéis do Commerzbank recuavam 2 por cento e os da ING, 7 por cento, frente à queda de 2 por cento do índice bancário DJ Stoxx.

"Parece que houve um sinal de alívio mais cedo nos resultados de bancos que não foram tão ruins quanto os rumores. Mas agora a percepção se concentra na possível exposição à Europa Oriental", disse um operador.

O Société Générale divulgou que reservou 300 milhões de euros (379 milhões de dólares) para cobrir o prejuízo em suas operações na Rússia. O banco controla a instituição russa Rosbank e um executivo da instituição afirmou que o grupo permanece confiante em relação ao leste europeu.

Fonte: Estadão/ Gilbert Kreijer em Amsterdã e Boris Groendahl em Viena

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *