Apenas 1% das garantias era composta de títulos do Tesouro que são normalmente usadas em transações entre bancos e as autoridades monetárias.
O Fed criou o PCDF em março de 2008 após a quebra do Bear Stearns para atenuar os problemas de liquidez dos bancos de investimento. À época, isso permitiu aos bancos empenhar apenas garantias com classificação de investimento. Mas depois que o fracasso das conversações para salvar o Lehman preparou o terreno para a sua falência, o Fed ampliou as exigências de garantias, que passaram a incluir ativos que podem ser usados no programa tripartite de recompra de títulos do Fed.
Os bancos de investimento responderam usando os seus estoques de ações e outros títulos com classificação baixa para tomar recursos do Fed. O Fed se protegeu impondo cortes maiores a títulos de maior risco e ressalta que todo os seus empréstimos de emergência foram plenamente ressarcidos com juros.
No espaço de um dia após o afrouxamento das exigências de garantia, o Credit Suisse tomou US$ 1 bilhão do PDCF, usando-o pela primeira de um total de apenas duas vezes, contra uma carteira de garantias composta de 91% de ações.
O Credit Suisse não quis comentar, mas pessoas familiarizadas com a situação disseram que as duas transações foram testes para verificar se o sistema estava funcionando.
Na segunda-feira seguinte, 41% de todas as garantias empenhadas contra recursos do PDCF por vários bancos era composta de ações, e outros 11% eram títulos com classificação inferior a investimento. No seu auge – em 29 de setembro de 2008 – o Fed tinha exposição a US$ 86 bilhões em ações e títulos de dívida com nota inferior a investimento como garantia do PDCF.
Fonte: Financial Times / Francesco Guerrera e Robin Harding, de Nova York e Washington