As instituições de crédito "problemáticas" dos Estados Unidos cresceram para o nível mais alto de 16 anos, disse a Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC, o órgão garantidor dos depósitos bancários do país). O fundo da FDIC que protege os clientes contra a quebra dos bancos registrou déficit no terceiro trimestre.
A FDIC tinha 552 bancos com US$ 345,9 bilhões em ativos na lista confidencial de instituições problemáticas até 30 de setembro, uma alta de 33% em relação aos 416 e aos US$ 299,8 bilhões em ativos do fim do segundo trimestre, informou o órgão.
O fundo de garantia da FDIC tinha um balanço negativo de US$ 8,2 bilhões, o seu primeiro déficit desde 1992. "O relatório de hoje (ontem) mostra que, embora os lucros dos bancos e das instituições de poupança tenham melhorado, os efeitos da recessão continuam a ser refletidos em seu desempenho financeiro", disse a presidente da FDIC, Sheila Bair.
Os órgãos reguladores dos EUA estão fechando bancos ao ritmo mais acelerado de 17 anos, já tendo assumido o controle de 124 instituições este ano, em um cenário de perdas com empréstimos resultantes do colapso do mercado de financiamento da casa própria em 2007. Cinquenta bancos quebraram no terceiro trimestre, o dobro dos 25 de todo o ano de 2008.
Os bancos segurados pela FDIC informaram um lucro líquido de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre, depois de um prejuízo de US$ 4,3 bilhões no segundo. O fundo de seguro sobre os depósitos caiu de US$ 10,4 bilhões no segundo trimestre para US$ 8,2 bilhões negativos. O balanço do fundo reflete US$ 38,9 bilhões separados para cobrir prejuízos com falências de bancos no próximo ano.
A FDIC está pedindo que os bancos paguem adiantado três anos de prêmios em 30 de dezembro, para captar US$ 45 bilhões para o fundo.
No terceiro trimestre, os bancos reservaram US$ 62,5 bilhões para prejuízos com empréstimos, uma alta de US$ 51,2 bilhões sobre o mesmo período de 2008, informou a FDIC.
Fonte: Bloomberg News / Alison Vekshin, de Washington