Uma quadrilha fortemente armada invadiu a casa de um supervisor do Banrisul na noite de terça-feira (2) e manteve a família do bancário sob vigilância até abertura da agência, na manhã desta quarta-feira (3), em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Cerca de dez criminosos, portando submetralhadoras e pistolas, usavam toucas ninjas e capuzes, além de luvas e coletes à prova de balas, participaram da ação.

 

No começo da manhã desta quarta-feira, uma parte dos assaltantes levou o bancário, no carro dele, até o banco, onde o cofre foi aberto após rendição de outros funcionários que chegavam para o trabalho. Os demais bandidos permaneceram na casa do funcionário para vigiar a família.

Após se apropriar do dinheiro e de computadores que armazenavam as imagens internas do circuito de vídeo de segurança, a quadrilha deixou o primeiro carro no local e tomou o automóvel de um segundo funcionário para a fuga. O veículo foi abandonado a três quadras de distância da agência. Em seguida, os criminosos teriam embarcado num outro veículo não identificado e desapareceram.

O alerta foi dado em todo o Litoral Norte e também para Santa Catarina, sobretudo à Passo de Torres, na divisa com Torres. O delegado da DP de Torres, Roger Spode Brutti, teve a atenção despertada para o fato dos bandidos terem dito às vítimas que não eram gaúchos, remetendo assim a suspeita contra catarinenses e paranaenses. No entanto, o delegado não descarta que as declarações possam ter sido um blefe.

Uma equipe do Departamento de Criminalística realizou a perícia na residência do funcionário, nos dois veículos usados pelos assaltantes e na agência bancária, em busca de impressões digitais. Agentes sob o comando do delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Porto Alegre, estiveram em Torres para colaborar e tentar identificar os autores do ataque.

Ação sindical

Os diretores do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte, Dalmor Trevisan e Jeferson Garcia Cougo, estiveram na agência atacada e prestaram atendimento aos colegas, que presenciaram a ação dos ladrões. "É lamentável que o clima de insegurança atinja a família dos bancários. Embora não tenha ocorrido violência física contra as vítimas, com certeza a situação foi muito traumática", destacaram os dirigentes sindicais.

Além de manifestar solidariedade aos colegas, os sindicalistas confirmaram a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) para todos os bancários, tanto para o supervisor mantido como refém, quanto para os colegas que presenciaram o roubo à agência.

Fonte: Fetrafi-RS com Correio do Povo