A Contraf-CUT, as entidades sindicais e o Banco do Brasil fizeram mais uma reunião nesta quinta-feira 3, em São Paulo, para discutir o processo de migração dos ex-funcionários da Nossa Caixa. Os dirigentes sindicais apresentaram ao banco uma série de questionamentos e dúvidas levantados pelos bancários e apontaram problemas já identificados na migração. Foi agendada para a segunda-feira 7, às 10h, mesa temática para discutir o FEAS, o fundo que garante assistência médica para aposentados da Nossa Caixa.

Também está marcada para o dia 8 de dezembro mesa temática para dar continuidade ao processo de negociação.

Os problemas principais discutidos na reunião desta quinta-feira, realizada na sede da Contraf-CUT, foram:

Termo de opção – O texto apresentado pelo BB para a adesão ao regulamento do banco não deixa claro quais são exatamente os direitos e benefícios que o funcionário estará renunciando, nem tampouco quais os direitos e benefícios que passará a ter após a adesão.

Simulador para migração – O simulador não mostra claramente qual o cargo similar no BB, omite gratificações ao apresentar a situação atual na Nossa Caixa. Os dirigentes sindicais constataram também a necessidade de o simulador apresentar de forma objetiva a real situação do funcionário e nomenclatura de cada das verbas recebidas hoje na Nossa Caixa, comparando com a situação análoga e suas respectivas nomenclaturas enquanto funcionário do BB.

Cursos oferecidos pelo BB – Dada a grande quantidade de cursos disponíveis, há a necessidade de ampliação do prazo para a conclusão.

TAO – A informação dos cursos disponibilizados pela Nossa Caixa para compor o perfil de cada funcionário apresenta falhas, havendo a necessidade de o bancário ter acesso a seu histórico para fazer as devidas correções/atualizações.

Redimensionamento das agências – O BB precisa apresentar para as entidades sindicais, com a máxima urgência, o redimensionamento/dotação das agências da Nossa Caixa já com a estrutura do Banco do Brasil.

Transferências – Diante do número expressivo de solicitações dos bancários de transferência de local de trabalho, há a necessidade de serem atendidas com a maior brevidade possível, antes que sejam feitas novas contratações.

Ponto eletrônico – Falhas no sistema de anotação de pontos estão impedindo o registro de horas extras, sejam para compensar os dias de greve ou as horas extraordinárias necessárias.

Redução salarial – O funcionário, ao aderir ao termo de opção, deve ter garantido, desde que assuma função similar no BB, no mínimo a mesma remuneração atual.

Caixa eventual – As garantias dadas pelo banco ao caixa executivo devem ser estendidas ao caixa eventual, permitindo que se torne efetivo.

Licenciados/férias – Funcionários licenciados ou em gozo de férias não podem ser prejudicados na concorrência, nem na adesão, por estarem ausentes de seu local de trabalho.

Esclarecimentos

* Os representantes do BB reafirmaram que o interstício e os reajustes salariais incidirão sobre todas as verbas fixas (VP e VCPs).

* A utilização das ausências permitidas estão garantidas, não tendo mais dezembro como prazo limite.

* A PLR será paga proporcionalmente aos funcionários oriundos da Nossa Caixa, independentemente da adesão ao termo de opção.

* O BB reafirmou que as vagas surgidas a partir do PDV serão ocupadas por funcionários da Nossa Caixa.

* O bancário que entrou na Nossa Caixa como auxiliar-administrativo, e hoje está capacitado para ocupar funções técnicas, poderá concorrer a elas.

As negociações sobre a incorporação da Nossa Caixa foram retomadas no dia 25 de novembro, após uma série de manifestações do funcionalismo do ex-banco paulista, encerradas com um "abraço" no prédio da matriz da instituição financeira na segunda-feira 30, no centro de São Paulo, mesmo dia em que as assembléias de acionistas do BB e da Nossa Caixa aprovaram a incorporação.

"As discussões estão contribuindo para dar mais transparência ao processo de incorporação, mas a Contraf-CUT espera que o BB atenda as reivindicações e propostas dos bancários oriundos da Nossa Caixa", afirma Eduardo Araújo, membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

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