O Sindicato dos Bancários do Pará e a Fetec Centro Norte se reuniram com o Banco da Amazônia na segunda-feira, 11 de julho, para tratar sobre o Plano da CASF e a maior participação da empresa nos gastos com custeio de saúde dos seus empregados.
A reunião respondeu ao ofício emitido pelo Sindicato ao banco no dia 14 de junho para tratar sobre o aumento da participação do Banco da Amazônia nos valores de ressarcimento aos empregados, referente aos gastos com o Plano de Saúde administrado pela CASF, o qual é utilizado como valor de referência.
A questão central levantada pelas entidades é o fato de os empregados estarem sofrendo, desde 2009, com seguidos reajustes de mensalidade do Plano de Saúde da CASF, sem que haja, porém, um reajuste de contrapartida do Banco da Amazônia.
Inclusive, recentemente houve um novo reajuste de 15% na mensalidade dos empregados com este plano. Além disso, os bancários e bancárias do Banco da Amazônia associados no Plano da CASF são responsáveis por 30% de co-participação nas prestações de serviços ambulatoriais e de consultas na rede de convênios, e ainda pagam uma cota extra que também é contestada pelas entidades sindicais.
Por isso, a reunião foi para reivindicar uma maior participação do Banco no total dos gastos com o custeio do Plano de Saúde dos empregados da instituição, tendo em vista que de acordo com a resolução nº 9 do órgão supervisor do banco, DEST, de 1996, os bancos federais (ou sociedade de economia mista, no presente caso) podem destinar recursos de até 50% do custeio de Planos de saúde dos empregados.
Entretanto, o Banco da Amazônia manifestou não ter resposta imediata para atender o aumento de sua participação nos valores concedidos aos empregados referente aos gastos com custeio de saúde, mas afirmou estar aberto a buscar formas para atender a reivindicação da categoria bancária.
O banco alega que o principal elemento que dificulta um aporte maior de recursos para suprir os impactos de reajuste do Plano de Saúde são os custos elevados do pós-emprego, com as provisões feitas para os aposentados e para os empregados prestes a se aposentar.
As entidades propuseram a criação de um GT paritário, com a finalidade de estudar e analisar a situação de maneira mais profunda que pudesse apresentar uma solução consistente sobre o caso. No entanto, o banco considerou o momento não oportuno para abrir mais uma frente de trabalho. Informou que a prioridade da diretoria está voltada para o desfecho do processo denominado "Solução Capaf".
De toda forma, as entidades sindicais ratificaram seu posicionamento de que é preciso readequar os custos do Banco da Amazônia com a saúde de seus empregados, levando em consideração a capacidade financeira de cada trabalhador e trabalhadora, tendo em vista que os custos com o Plano de Saúde representa, atualmente, um impacto significativo nos salários.
"O Sindicato insiste que o assunto deve ser tratado com a sensibilidade necessária, pois a saúde é um bem fundamental para o bancário poder desempenhar suas tarefas com qualidade. Dessa forma, continuaremos persistentes em busca de melhorias para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia no que diz respeito à saúde, sobretudo com um Plano de Saúde da CASF mais justo e acessível para os trabalhadores", afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
"Reforçamos nessa reunião com o Banco da Amazônia que a saúde é muito preciosa para a nossa categoria e que o Plano de Saúde da CASF precisa ser fortalecido e acessível a todos que ingressam na empresa, pois, assim, é possível proporcionar tranqüilidade e bem estar para os empregados e empregadas do Banco, com vistas a garantir qualidade de vida e um melhor desempenho no cotidiano de trabalho", ressaltou o vice-presidente da Fetec-CN e do Sindicato, Sérgio Trindade.
Fonte: Seeb PA