Em relação às despesas operacionais, o banco retirou as contas referentes a aluguéis de imóveis e serviços de vigilância, pois, como já havia sido alertado pelo Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, elas poderiam apresentar variações acima da meta proposta pelo banco.
No que diz respeito aos pesos relativos aos indicadores de recebimento de PLR no cumprimento das metas, houve mudanças sobre as despesas operacionais, que caem de 30% para 20% e o aumento do indicador de performance BSC, que passa de 10% para 20%.
Os bancários repudiaram a postura intransigente do Mercantil do Brasil em relação aos parâmetros adotados para a apuração da PLR, já que o banco manteve a política perversa de não mexer nos grupos de cargos, desprezando aos anseios daqueles localizados na base da pirâmide e congelando a participação da maioria dos trabalhadores.
Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato, mesmo com alguns avanços ainda há um grande caminho a ser percorrido "Apesar dos avanços, o banco ainda insiste em um modelo de distribuição de renda muito desigual. Exigimos uma melhor distribuição de valores nos grupos de cargos e a valorização dos funcionários como um todo", enfatiza.
Já o funcionário do banco e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, ressalta que foi importante o recuo por parte do banco em relação às despesas operacionais, mas persiste a preocupação em relação à meta do lucro líquido que ainda mantém um percentual de reajuste muito alto.
"Ao exigir dos bancários um aumento do lucro em 20% diante a perspectiva de conjuntura de baixa da taxa de juros, é um sinal de que o banco irá submeter os funcionários a mais pressões e, consequentemente, mais assédio moral. Por isso todo cuidado é pouco", observa.
A Comissão de Negociação Permanente do Mercantil do Brasil foi representada por Márcio Ferreira, superintendente de RH, José Mário Bahia, gerente RH, e Rosana Maia, coordenadora de RH.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH