As dispensas não obedecem a legislação porque não há anotação do motivo para a demissão. O primeiro caso foi de uma bancária grávida. Houve também uma situação absurda: depois de ser reintegrada e de chegar a substituir o gerente administrativo, uma bancária foi demitida pela segunda vez.
O departamento jurídico tem atuado para garantir a reintegração dos bancários dispensados, mas o banco continua demitindo. Na maioria das vezes, o motivo alegado é o desrespeito ao código de ética da empresa, considerado subjetivo pelos sindicalistas, que entendem que é muito fácil considerar inadequada qualquer conduta dos funcionários.
Os motivos para a demissão por justa causa estão listados na CLT, num total de 12, e sua anotação no documento de aviso da dispensa permite que o trabalhador faça sua defesa junto à justiça trabalhista. Sem saber do que é acusado, o demitido tem dificuldades em buscar a revisão da justa causa para que seus benefícios sejam pagos pelo empregador.
De acordo com a legislação, cabe ao empregador provar que o funcionário cometeu a falha alegada, como motivo para a dispensa por justa causa.
A agência Icaraí, onde aconteceu a maior parte das demissões, ficou fechada durante todo o dia. Na unidade Niterói, no prédio da gerência regional, a paralisação foi até as 13h e nas demais o funcionamento foi restabelecido ao meio-dia.
Presidentes e diretores dos sindicatos de Campos, Itaperuna, Nova Friburgo, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios foram a Niterói para colaborar com a atividade. O presidente da Federação, Fabiano Júnior – que é funcionário do Bradesco – também participou da paralisação.
Fonte: Feeb RJ/ES