Mobilização teve adesão nos complexos e agências da instituição
O respeito à jornada de seis horas, ao plano de carreira, além de Cassi e Previ para todos são algumas das prioridades específicas dos funcionários do Banco do Brasil na Campanha Nacional Unificada 2011. Para iniciar a mobilização, os trabalhadores de todo o país realizaram nesta quinta 11, um Dia Nacional de Luta.
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Em São Paulo, para marcar a disposição de luta dos bancários, foi realizado o Dia do Vermelho, com manifestações nos Complexos Verbo Divino, São João, Rua 15 de Novembro, Superintendência na Avenida Paulista, além de diversas agências em São Paulo e em Osasco.
No Complexo São João, centro velho da capital, cerca de 500 bancários cruzaram os braços por volta de uma hora. A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, afirmou durante que a grande adesão dos trabalhadores é uma resposta aos abusos praticados pela direção do Banco do Brasil, como os descomissionados feitos de forma unilateral.
"Os trabalhadores do Complexo São João estão de parabéns pela participação. Nosso ato marca o início de uma jornada de luta para conquistar avanços na campanha", disse.
Na Verbo Divino, zona sul, as manifestações aconteceram nos períodos da manha e da tarde para abranger um número maior de funcionários. Já na Rua 15 de Novembro, no centro, os trabalhadores aproveitaram a saída do almoço para dialogar com o Sindicato.
No Marambaia, zona norte da capital, representantes dos trabalhadores passaram pelos departamentos e fizeram reuniões com os bancários. Houve também distribuição de fitas vermelhas, símbolo do protesto, e leitura de manifesto.
"Avaliamos que, no total, cerca dois mil trabalhadores tenham participado do Dia do Vermelho. Essa manifestação foi organizada com o propósito de mostrar à direção do Banco do Brasil o descontentamento em relação às condições de trabalho", afirma o diretor executivo do Sindicato, Ernesto Izumi.
Os dirigentes sindicais também distribuíram Carta Aberta aos funcionários e clientes.
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Desabafo
Durante o protesto no Complexo São João, uma bancária chamou atenção ao relatar caso de descomissionamento injusto. Com 28 anos de banco, ela contou que foi informada da punição com a alegação de falta de ética e mau relacionamento com os colegas.
Ao tentar argumentar para saber qual foi a atitude caracterizada como falta de ética e qual foi o desentendimento com o colega, ficou sem resposta.
"Acredito que o motivo do meu descomissionamento foi devido à minha postura crítica em relação ao que acontece no banco. Sempre cobrei que o Banco do Brasil deveria ter um nivelamento mais justo nos cargos para evitar super poderes aos gestores", afirma.
A funcionária avaliou o ato do Dia do Vermelho como positivo. "Essa é uma forma que o Sindicato tem de se aproximar e dialogar com os trabalhadores", disse.
Fonte: Seeb São Paulo