Em reunião realizada na quinta-feira, 31 de maio, com a direção do Mercantil do Brasil, em Belo Horizonte, a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram solução para a questão do programa próprio de Participação nos Lucros e Resultados de 2012.

A proposta do banco apresentada aos bancários no dia 16 de março estipula que, para o cumprimento das metas, a empresa tem que atingir um lucro 30% superior à proposta em 2011. Assim, pressiona ainda mais os funcionários ao fixar as metas de despesas operacionais, que não poderão ultrapassar o limite de 4% ao ano, além da manutenção do parâmetros de apuração que congela a participação da maioria dos trabalhadores do banco.

Mais uma vez, os representantes dos trabalhadores exigiram mudanças urgentes no programa, como a implementação de política visando melhoria na distribuição de valores entre os bancários, aumentando a participação daqueles localizados na base da pirâmide, fim dos quesitos de redução de despesas fora de alcance de atuação dos funcionários, principalmente aqueles que podem variar acima do IGPM, e também uma reavaliação do indicador lucro liquido tendo em vista a atual conjuntura econômica do país como a baixa taxa de juros e a concentração bancária.

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a reunião foi produtiva, já que os bancários puderam confrontar a realidade com as propostas descontextualizadas do banco.

"Na conjuntura atual, o fato de o Mercantil do Brasil cobrar dos seus funcionários um crescimento no lucro de 30% significa ainda mais pressão por metas e também assédio moral. Por isso, exigimos um recuo por parte do banco neste e em outros quesitos para continuarmos em negociação", ressalta.

Já Vanderci Antônio da Silva, funcionário do banco e diretor do Sindicato, lembrou que todo ano o Mercantil pressiona em relação ao programa próprio de PLR e esquece que os trabalhadores já estão no limite.

"Os funcionários já não sabem o que fazer para reduzir ainda mais as despesas do banco e mesmo assim correm o risco de terem todos os esforços desperdiçados diante das metas que fogem às suas intervenções. Por isso cobramos em mesa a reavaliação das contas de despesas e também a diminuição do peso destes quesitos no recebimento da PLR como um todo", enfatiza.

Também participaram da reunião o secretário de organização do ramo financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, a diretora da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Marlene Miranda, e o diretor do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas, Sérgio Marola.

Pela Comissão de Negociação Permanente do Mercantil estiveram presentes Márcio Ferreira, superintendente de RH; José Mário Bahia, gerente RH, e Uelques Almeida, gerente de Desenvolvimento de Negócios.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH

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