Protesto contra descomissionamento por não cumprimento de metas
Diante da postura do superintendente do Banco do Brasil no Ceará, que em reunião na terça-feira (5) afirmou poder realizar descomissionamento por ato de gestão, desrespeitando assim o Acordo Coletivo de Trabalhao (ACT) 2011/2012, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou nesta sexta-feira (8) um ato de protesto em frente à sede da Superintendência e de agências do BB, em Fortaleza, denunciando essa postura cada vez mais negativa.
O desrespeito do BB no Ceará, ao acordo coletivo e à burla de uma conquista dos funcionários na Campanha Nacional dos Bancários de 2011, que proíbe a perda de função antes da terceira avaliação de desempenho negativa, foi o mote do ato de protesto do Sindicato. A Superintendência Estadual ameaçou de descomissionamento gerentes pelo não cumprimento de metas abusivas impostas pelo banco.
O ato foi momento de protestar, mobilizar os funcionários do BB e pedir apoio da sociedade, em defesa dos trabalhadores ameaçados de perderem suas comissões. Também foi protesto contra a atuação da Super e Gepes de não reconhecerem o acordo coletivo que protege os colegas de um ataque.
"Esse ato é de mobilização dos colegas para que possam enfrentar esse momento, demonstrar nossa indignação e fazer o banco entender o equívoco que está cometendo", completou o presidente do Sindicato.
Os dirigentes do Sindicato visitaram todas as unidades da Super do BB, mostrando aos bancários a postura do banco e informaram que vão ser tomadas ações políticas e jurídicas contra essa burla do acordo coletivo do BB, com denúncias à direção geral do banco, em Brasília, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho.
José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato, repudiou essa política desumana do BB. "Isso é assédio moral, isso é um absurdo", disse.
Para o dirigente sindical, "o banco precisa ser provocado a mudar esta prática desumana de chantagear os funcionários com a perda de comissões até em casos como estes, como se a culpa fosse do bancário e esse ato foi só o começo".
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará