Bancários cobraram respeito do Santander ao Brasil e aos brasileiros
Os amantes da Fórmula 1 que compareceram ao Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, no domingo 7, tiveram a oportunidade de presenciar mais uma manifestação dos trabalhadores contra a truculência do Santander.
O protesto contra o banco começou na sexta 5 com manifestações promovidas pelo Sindicato nas concentrações de centros administrativos do banco (Casas 1, 2 e 3 e Torre), com paralisações parciais e distribuição do jornal Sindical Santander, específico para os bancários da instituição financeira.
"O Santander tem práticas recorrentes contra o Sindicato e contra o direito de greve dos trabalhadores, que é garantido pela Constituição", explica o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá, que participou das manifestações nos centros administrativos.
No Casa 3, onde trabalham cerca de 2.500 bancários, houve paralisações a cada 15 minutos. "Nós conversamos com os funcionários para esclarecer sobre o motivo da manifestação", conta Marcelo, acrescentando que os trabalhadores participaram e apoiaram o protesto.
Arbitrariedades
Em 2009, o banco utilizou o interdito proibitório e chamou a PM para tentar impedir a paralisação de 24 horas no Casa 3, decidida em assembleia pelos trabalhadores como protesto contra a demissão de 400 funcionários. A truculência do banco resultou em inquérito policial e ação na Justiça contra a diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa e o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP Adalto Uchoa. O Sindicato está recorrendo da ação.
Na forte greve deste ano, o Santander utilizou novamente o interdito proibitório para tentar impedir a mobilização dos trabalhadores, afrontando desta forma as leis brasileiras, que garantem o direito de greve, e normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A última ação arbitrária do banco foi a demissão de um funcionário que concorreu à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do Casa 1. O bancário não conseguiu se eleger e acabou sendo demitido por justa causa pelo banco, ainda que a medida não tivesse amparo legal, já que o funcionário gozava de estabilidade por ser lesionado.
"O Sindicato está exigindo que o banco reverta a demissão do trabalhador, e vai continuar combatendo as medidas antissindicais tomadas pelo Santander", completa Marcelo.
Fonte: Seeb São Paulo