Crédito: Seec PE

Encontraram todo tipo de problemas, especificamente nas agências e postos do Bradesco. "Em alguns lugares não tem água e nem condições de se usar o banheiro. Vimos um funcionário tomando conta de quatro PAAs, em cidades diferentes. Um absurdo!", denuncia Adeílton, que também levou as denúncias à Rádio Gazeta, que é sediada em São José do Egito e alcança 30 municípios da região.
Segundo Adeílton, a maioria dos que estão à frente dos PAAs tem poucos anos de banco e muitos continuam recebendo apenas como escriturários porque a promoção não foi efetivada. "Vimos funcionários tendo que largar seu posto e se deslocar a outra cidade para ajudar no abastecimento das máquinas de autoatendimento, que precisa ser feito com a presença de dois trabalhadores", conta o diretor.
Os problemas não se restringem aos postos nem às agências de pequeno porte. Na maioria dos municípios, faltam requisitos mínimos que garantam a segurança. O Sindicato já entrou em contato com o banco, que afirmou desconhecer esta realidade. "Estamos elaborando um relatório para ser entregue à diretoria do Bradesco", diz Adeílton.
Problema se repete
Situação semelhante foi encontrada pelos diretores Fábio Sales e Ronaldo Batista, que visitaram Afrânio, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Salgueiro, Verdejante, Mirandiba, São José do Belmonte e Custódia. "Encontramos agências novas do Bradesco, como a de São José de Belmonte. Mas com segurança frágil: apenas um vigilante e sem portas com detector de metais. Nos PAAs, então, nem se fala: a estrutura é muito precária e um único funcionário precisa dar conta de tudo", relata Fábio Sales.
A dupla encontrou problemas, também, em outras instituições. No Banco do Brasil, os trabalhadores se queixaram das mudanças, com o fim do setor de compensação. "Eles reclamam que tudo passou a ser feito nas agências: o serviço aumentou e o número de funcionários é o mesmo", explica Fábio.
No Santander de Salgueiro, o problema é com as reformas, que já causaram acidentes com dois trabalhadores da empresa que executa as obras. Em Cabrobó, quem se queixa são os funcionários da Caixa. Lá, existe a perspectiva de inauguração de uma agência deste banco. Mas o processo ainda está em licitação e, enquanto isto, os bancários trabalham em uma "unidade temporária de atendimento", com estrutura precária.
Pressão e assédio
As viagens também mostraram cenários em que a pressão gera situações de assédio moral. A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o secretário-geral Fabiano Félix e o diretor Flávio Coelho visitaram as agências de Palmares, Catende e Água Preta. E constataram situações de assédio em uma das unidades.
Problemas à parte, todos os diretores foram calorosamente recebidos, em todos os municípios. "Mesmo em Palmares, onde existe outro sindicato, que é alvo de discussão judicial, muitos bancários preferem se sindicalizar conosco, porque percebem que somos mais representativos e que a unidade vai fortalecer a categoria", diz Jaqueline.
O outro grupo de diretores em caravana pelo interior foi Chico de Assis, Maria José Leódido e Marcílio Rosalvo. Eles foram para Agrestina, Altinho, Cupira, Panelas, Lagoa dos Gatos e São Joaquim do Monte. "Fomos muito bem recebidos e anotamos várias sugestões", diz Chico.
Fonte: Fabiana Coelho – Seec PE