Retardamento da abertura do expediente ao público, contra a falta de funcionários, pelo PCCS, Plano Odontológico e condições de trabalho – (João Pessoa) Nesta quarta-feira, 3 de março, os funcionários do Banco do Brasil, sob o comando do Sindicato dos Bancários da Paraíba (SEEB – PB), retardaram a abertura das agências do condomínio Praça 1817 e Treze de Maio, com paralisação de uma hora e fizeram um protesto contra a falta de funcionários, o Plano de Carreira, Cargos e Salários PCCS), o Plano Odontológico e as condições de trabalho, utilizando carro de som, faixas e o Jornal do Cliente.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques é inaceitável essa postura de descaso de um banco que foi criado para alavancar o desenvolvimento do País. "Em vez de praticar realmente a sua responsabilidade social, o que se vê no maior banco da América Latina é uma exploração sem llimites aos funcionários, que produzem verdadeiramente esses lresultados fantásticos, e uma imposição de um atendimento caótico à sociedade, onde oa instituição se alimenta de recursos para transformá-los nesses lucros exorbitantes", debafou
Os bancários vão seguir o calendário de lutas orientado pala Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF-CUT) e pela Comissão de Empresa dos Empregados do BB (CEE/BB) para pressionar a direção da instituição pela implantação do PCCS e do Plano Odontológico, bem como pela melhoria das condições de trabalho em todas a unidades do Banco que acaba de anunciar um lucro recorde de R$ 10,148 bilhões, o maior de todo o sistema financeiro nacional em todos os tempos.
Em sua fala, o funcionário do BB e conselheiro da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ), Francisco de Assis ‘Chicão’ afirmmou que a administração do Banco do Brasil, hoje, representa um desrespeito à população e aos funcionários do banco, em função da impossibilidade de um atendimento digno e decente. Como o BB é uma empresa do Estado Brasileiro, o fato é inadmissível e contraria os princípios e a missão do próprio banco. "Um banco de governo não pode se abalizar por um mercantilismo brutal, em busca de lucro financeiro, prejudicando a população e os funcionários do banco. De 2002 para cá, o número de clientes do banco aumentou 120% e o número de funcionários permanece o mesmo; ou seja, são mais de dois bancos para os funcionários darem conta e isso é impossível", arrematou.
Marcos Henriques lembrou também que o governo federal já autorizou a contratação de 10.000 funcionários para o Banco do Brasil, mas a direção da instituição ainda não traçou as estratégias para onde vai distribuir esse reforço de mão-de-obra. Aqui na Paraíba, como é do conhecimento de toda a sociedade, o atendimento do BB conseguiu ficar ainda pior, após a compra da folha de pagamento do Estado. "Basta ir a uma unidade pagadora do banco no início do mês e constatar o que a diretoria do Sindicato vem dizendo há muito tempo, mesmo antes da assinatura do mega-negócio entre o BB e o governo do Estado da Paraíba", concluiu.
Fonte: Otávio Ivson / SEEB – PB