"Essa postura é uma vergonha. O banco que lucrou R$ 8 bilhões com uma atitude assim me deixa envergonhado de trabalhar nessa organização", afirma um funcionário do Bradesco que não será identificado. Questionado sobre o que gostaria de estar fazendo se o banco não tivesse impedido o feriado ele afirma, contundente: "estaria na minha chácara tocando viola", reclama.
Um outro funcionário diz que os bancos estão desrespeitando a população de Osasco e diz que foi prejudicado duas vezes. "Moro em São Paulo e trabalho aqui em Osasco, por isso não folguei em nenhum desses dois feriados municipais. O Bradesco não pode querer ser mais que o poder público. Poderia estar descansando ou até me programando para viajar mais cedo e aproveitar o feriado prolongado", relata.
Outra bancária afirma que perdeu a oportunidade de ficar com a família. "Com certeza estaria curtindo meu filho em casa", revela. Perguntada sobre se preferia o dia de folga ou pagamento de hora extra ela responde: "Mesmo se o banco pagasse hora extra, coisa que nem isso faz, eu trocaria sem dúvida pelo dia de folga", conta.
Uma funcionária diz que a empresa precisa valorizar mais seus empregados. "Se o Bradesco não tivesse tomado essa atitude e concedesse esse dia de folga poderia ser considerado uma forma de valorização", diz.
Para o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo, os bancários da Cidade de Deus manifestaram apoio à manifestação no feriado."Fica a lição para o Bradesco e a todos os bancos de que os funcionários exigem respeito. Já estamos cobrando na Justiça que as instituições financeiras banco paguem hora extra com percentual de 100% para os trabalhadores conforme exige a lei", afirmou.
A postura dos bancos em desrespeitar a data de emancipação da cidade foi denunciada pelo Sindicato, por meio de faixas espalhadas em diversas ruas e avenidas do município.
Fonte: Carlos Fernandes – Seeb SP