Protesto contra altas provisões no balanço que reduziram a PLR dos bancários
Os bancários retardaram por duas horas o início do atendimento da agência do HSBC na Rua Major Facundo, no centro de Fortaleza, na quarta-feira, dia 10. O protesto cobrou remuneração justa, com PLR condizente aos lucros reais do banco inglês, e garantia de emprego com o fim das demissões.
"Essa foi uma conquista da greve de nove dias dos bancários e nós queremos que, no mínimo, o que foi assinado com a Fenaban seja cumprido pelo HSBC. O banco exige metas abusivas dos funcionários, estes fazem de tudo para corresponder às exigências do banco, mas na hora de repartir o lucro com quem o constrói, o banco não cumpre sua parte", afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do HSBC, Humberto Silva.
PLR
Apesar do antecipação da PLR, os bancários não têm muitos motivos para comemorar. O banco inglês vai pagar uma das menores PLRs do sistema financeiro nacional porque a empresa elevou em 63,4% as previsões para crédito de liquidação duvidosa (PDD), atingindo um montante de R$ 1,8 bi. O valor equivale a três vezes o lucro obtido no semestre passado, que foi de R$ 602,5 millhões.
Longas filas e mau atendimento
Os diretores do Sindicato cobra também a contratação de mais funcionários para suprir a demanda do atendimento e prestar um melhor serviço à população. "Aqui mesmo nessa agência, o atendimento é precário, não por culpa dos bancários, mas porque não há trabalhadores suficientes para atender o povo", disse Humberto.
"Os funcionários que ficam estão sobrecarregados, a jornada de trabalho está cada vez mais extenuante e as pressões por metas absurdas está num nível insuportável", completa.
"É por esses motivos que fechamos essa agência até o meio-dia e pedimos a compreensão da população, porque estamos aqui lutando por um melhor atendimento, por mais contratações e por melhores condições de trabalho para os funcionários. E, se não mudar essa situação, nós iremos paralisar não só essa agência, mas todas as unidades do HSBC para que eles aprendam a respeitar seu funcionalismo e a população", finaliza o diretor do Sindicato, Alex Citó.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará