Segundo o diretor da Contraf-CUT Sérgio Siqueira, as reclamações são generalizadas e refletem um insuportável clima de tensão na instituição financeira. “O banco está na contramão ao não valorizar seus trabalhadores. É uma política equivocada e o reflexo disso é a empresa permanecer, nos últimos dois anos, entre os cinco bancos mais reclamados pelos clientes junto ao Banco Central”, diz o dirigente.
De acordo com Siqueira, a situação tem piorado ainda mais a partir do momento que a instituição financeira passou a demitir bancários, inclusive lesionados, sem qualquer justificativa. “Há, inclusive, algumas situações em que a dispensa é por justa causa o que é um absurdo. Em vez de demitir, o banco tem de contratar mais trabalhadores para diminuir o sufoco. Vale lembrar também que o lucro mundial do banco no primeiro semestre deste ano dobrou, chegando a US$ 6,76 bi (no ano passado foi de US$ 3,35 bi). Então, por que demitir?”, questiona o dirigente, reforçando que os bancários do HSBC devem participar ativamente da Campanha Nacional Unificada 2010 que tem entre suas reivindicações o aumento real nos salários de 5% e a PLR de três salários mais R$ 4 mil, além do fim do assédio moral e da cobrança por metas abusivas.
Negociação – Os representantes dos trabalhadores se reuniram na quinta 5 com a direção do HSBC para discutir SA 8000 – certificação internacional que trata do respeito às relações do trabalho e que o banco tenta obter.
Entre as questões debatidas e que serão retomadas em um próximo debate, está o formato da eleição do representante dos trabalhadores que participará das reuniões junto com o indicado do banco e da empresa certificadora SAI (Social Accontability International) no Brasil.
Fonte: SEEB – SP / Jair Rosa