Crédito: Seeb Campina Grande
Mais uma vez, os bancos estão lançando mão de um instrumento jurídico chamado interdito proibitório para tentar enfraquecer a greve dos bancários. Usado originalmente para garantir a posse de propriedades, os bancos deturparam o interdito aproveitando-se de brechas na lei e, com esse artifício jurídico em mãos, costumam chamar a polícia para garantir a reabertura das agências.
Os bancos estão enganados se acreditam que vão desmobilizar a greve dos bancários com os interditos proibitórios. Se não querem greve, deveriam negociar com seriedade as reivindicações da categoria. Os bancários ficaram um mês e meio debatendo a pauta com a Fenaban e só foi deflagrada a greve depois que os bancos apresentaram uma contraproposta rebaixada. Tem sido assim nos últimos anos, as próprias instituições financeiras empurram seus empregados para a greve e só depois de provar da nossa força é que eles voltam a negociar apresentando novas propostas. Os bancários preferem resolver suas demandas na mesa de negociação, mas quando as discussões se esgotam, a greve se torna a nossa única arma para o enfrentamento com os bancos
O quadro da paralisação em Campina Grande e nas demais cidades que compõem a base territorial do Sindicato não foi modificado. A adesão dos bancários continua intensa em toda rede pública e privada. São mais de 40 agências bancárias fechadas a espera que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e as diretorias dos bancos estatais chamem os trabalhadores para negociar e apresentem uma nova proposta de acordo.
Fonte: Seeb Campina Grande