Em todo o país estão havendo protestos nas agências do Itaú Unibanco pelo pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) cheia aos bancários. Veja as últimas manifestações ocorridas.

 

Protesto contra PLR menor fecha agências do Itaú Unibanco em Vila Velha

  Os bancários capixabas fecharam as agências do Itaú Unibanco do bairro da Glória, em Vila Velha, nesta terça-feira, 16, em protesto pelo descumprimento da Convenção Coletiva de Participação nos Lucros e Resultados por parte do banco. A paralisação, que atingiu inclusive o auto-atendimento, durou até o meio-dia.

O Itaú Unibanco não pagou a PLR integral para todos os seus funcionários, alcançando o teto de 2,2 salários, com os limites estabelecidos na Convenção. Ao contrário disso, banco insiste em sua proposta, que definiu o pagamento da PLR no teto a apenas 46% dos trabalhadores, que estão na faixa salarial de até R$ 2.836.

Enquanto não cumpre a Convenção Coletiva, o Itaú Unibanco privilegia os altos executivos. Números do Dieese demonstram que o montante destinado pela empresa para o pagamento de bônus para os altos executivos cresceu 86% entre 2008 e 2009, passando de R$ 121 milhões para R$ 225 milhões.

O volume de recursos destinado pela empresa para o pagamento de dividendos para acionistas é superior ao que prevê a legislação. Segundo levantamento do Dieese publicado no site da Contraf-CUT, o banco provisionou R$ 3,4 bilhões para essa finalidade, mas, por lei, os acionistas têm direito a receber 25% do lucro líquido, o que corresponde a R$ 1,8 bilhão.

Fonte: Seeb ES

 Agências do Itaú Unibanco em Campinas param em defesa da PLR cheia

 O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região coordenou na terça 16, paralisação em sete agências do Itaú Unibanco em Campinas, no período das 7 às 11h. Durante o protesto os diretores do sindicato distribuiram carta aberta e jornal extra, onde é cobrado o pagamento da PLR cheia, de 2,2 salários, para todos os funcionários.

Para o diretor do sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Mauri Sérgio, "o recado foi dado. O Itaú Unibanco não pode ter dois pesos e duas medidas. Ou seja, valorizar seus altos executivos em detrimento daqueles que contribuiram com o crescimento da instituição em 2009. Isso é inaceitável".

Veja quem parou – agências do Itaú: Personalite, Nova Glicério, Glicério, Costa Aguiar e Jequitibá; agências do Unibanco: Glicério e General Osório.

Fonte: Seeb Campinas

 Bancários protestam contra Itaú/Unibanco no Rio e Espírito Santo

  Sindicatos filiados à Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo (FEEB RJ/ES) acompanharam o calendário nacional e realizaram manifestações nas agências do Itaú Unibanco na terça-feira 16.

As atividades foram uma resposta do movimento sindical à atitude do banco, que distribuiu bônus milionários a seus executivos e repassou aos acionistas um montante alto em dividendos, mas pagou uma PLR abaixo da regra majorada, de 2,2 salários, para muitos funcionários.

Segundo cálculos do Dieese, feitos a partir dos demonstrativos financeiros do grupo, o provisionamento de recursos para pagamento de dividendos está acima do limite estabelecido em lei. A legislação define a distribuição máxima de 25% do lucro liquido, o que corresponde a R$ 1,8 bilhão, mas o grupo destinou R$ 3,4 bilhões para este fim.

Quanto aos bônus para executivos, o banco provisionou R$ 225 milhões para o pagamento dos diretores estatutários, que são menos de cem. Este montante cresceu 89% em relação ao exercício anterior.

Base RJ/ES

Em Campos, as unidades dos dois bancos tiveram manifestação com carro de som e distribuição de um informativo específico. O material trazia informações detalhadas sobre o pagamento da PLR, com todos os cálculos do valor pago e do valor correto.

No Espírito Santo, o protesto foi na unidade do grupo em Vila Velha, na Grande Vitória. A agência ficou fechada até o meio-dia, inclusive o autoatendimento.

Em Niterói o Sindicato dos Bancários retardou em uma hora a abertura das agências dos dois bancos na Avenida Gavião Peixoto. Em vez de usarem carro de som ou panfletagem, os sindicalistas preferiram fazer uma reunião com os bancários. Os empregados do grupo se mostraram muito confusos com a situação e consideraram oportuna a atividade. Os sindicalistas aproveitaram a ocasião para esclarecer as dúvidas dos funcionários.

No Rio de Janeiro, houve paralisação até o meio-dia em todo o eixo da Avenida Rio Branco, no Centro financeiro da cidade. Os sindicalistas distribuíram um panfleto exaltando que "O Modo Itaú/Unibanco de fazer não valoriza bancários nem prioriza clientes".

Em sua fala, o presidente do Sindicato, Almir Aguiar, aproveitou para convocar os bancários e a população para o ato de repúdio à Emenda Ibsen, que prevê a redistribuição dos royalties de petróleo e prejudica os estados produtores.

Fonte: Feeb RJ/ES

 

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