O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro promove na próxima quarta-feira, dia 18, às 18h30, um debate e noite de autógrafos do livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A atividade será realizada no auditório da entidade.

O evento contará com a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Também foram convidados o senador Lindeberg Farias (PT-RJ) e o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ).

O debate será também um ato em apoio à instalação da CPI na Câmara dos Deputados para investigar as denúncias contidas na publicação.

O submundo da privataria

Com 100 mil exemplares vendidos em menos de três semanas. o livro de 343 páginas apresenta documentos e informações sobre um esquema bilionário de fraudes ocorrido durante o processo de privatização de estatais na década de 1990, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como os arquivos da CPI do Banestado.

O jornalista acusa o ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, de ter atuado como "artesão" da construção de consórcios de privatização em troca de propinas.

Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização. Segundo o livro, ele tirou ou internou no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.

Familiares e pessoas próximas ao ex-governador de São Paulo e ex-ministro do Planejamento, José Serra, também são citadas por envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, como a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado.

A obra traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas.

A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema. Outra revelação: a filha do ex-governador acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

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