Bancários do RJ e ES se preparam para o 3º Congresso da Contraf-CUT

Crédito: Feeb RJ-ES
Feeb RJ-ES
Presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, no pré-congresso da Feeb RJ-ES

Com a proximidade do 3º Congresso da Contraf-CUT – que elege a nova diretoria da entidade para o próximo triênio -, as federações de todo o país estão realizando plenárias preparatórias. Na quinta-feira (1º), foi realizado o primeiro pré-congresso, na Federação dos Bancários do RJ e ES.

O evento contou com a presença do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, do secretário-geral Marcel Barros, do secretário de Finanças, Roberto von der Osten, o Betão, e do secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira, que é oriundo da base da Federação.

O objetivo desses encontros regionais é discutir previamente o texto-base elaborado pela direção da Confederação e tirar propostas de cada federação para o plano de ação que norteará a próxima gestão da entidade.

Após as saudações de abertura, Carlos Cordeiro começou sua fala destacando o aniversário de 20 anos da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários (CCT). Mesmo depois de duas décadas, a categoria continua sendo a única formada por trabalhadores de diferentes empresas que tem uma CCT com abrangência nacional.

Com isto, os bancários ficam livres de situações como a citada por Cordeiro: "as empresas do ramo do vestuário do ABC paulista deixaram a região porque consideravam os custos altos, já que os funcionários eram bem remunerados, graças à forte atuação sindical. As fábricas se mudaram para o interior de Minas Gerais e os salários passaram a ser cerca de 40% menores. Com a nossa convenção nacional, um bancário de São Paulo ganha mesmo que um do Nordeste", frisou o sindicalista.

O presidente da Contraf-CUT falou também sobre sua gestão à frente da entidade. Carlão fez um paralelo entre a escolha da diretoria para um mandato sindical e a compra de um imóvel na planta.

"Este plano de ação é como a planta do apartamento, que tem que ser entregue daqui a três anos. Que apartamento vamos entregar?", comparou. O dirigente citou a necessidade de avanços em temas como saúde, segurança e remuneração, como algumas das mudanças que se espera que a Contraf-CUT e as entidades filiadas "entreguem" aos bancários ao fim da gestão que está para terminar.

Processo democrático

Na parte da tarde, Miguel Pereira discutiu alguns dos itens do texto-base, explorando os temas mais críticos. A dinâmica do debate incluiu não só falas de sindicalistas presentes, mas uma definição do que deveria ser remetido ao 3º Congresso da Contraf-CUT como polêmica ou como proposta.

Um dos assuntos que foram incluídos para serem levados ao evento nacional é a necessidade de valorização dos bancos estaduais. Essa particularidade, inserida pelos dirigentes capixabas, é comum a poucas federações, já que a maioria dos bancos de fomento dos estados foi privatizada ou federalizada. No Espírito Santo, apesar de diversas dificuldades, ainda existem dois bancos públicos estaduais, o Banestes e o Bandes.

A realização das plenárias nas federações é uma inovação no processo de construção da Contraf-CUT. "Queremos um congresso em que os delegados discutam os temas com profundidade e façam disso um processo de amadurecimento", destacou Miguel Pereira.

"Achamos válido criar a possibilidade dos dirigentes de todo o país lerem o texto antes do congresso para que haja tempo de se fazer debates mais aprofundados nas bases e apresentar sugestões", concluiu Betão.

A iniciativa da Contraf-CUT de estimular as plenárias preparatórias e enviar seus dirigentes para participarem delas foi elogiada pelos sindicalistas da base da Federação. "Esta dinâmica é muito produtiva e dá oportunidade de todos participarem mais ativamente das decisões. O processo democrático, que tem sido implementado pela Contraf-CUT, nós tentamos reproduzir aqui na nossa base", ressaltou Nilton Damião Esperança, presidente em exercício da Federação.

Fonte: Renata Silveira – Feeb RJ-ES

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